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População do Zimbábue convoca manifestações contra Mugabe

Os cidadãos foram convocados a marchar pacificamente pela capital Harare após a as forças armadas tomaram o controle do país

Por EFE
17 nov 2017, 22h37

Organizações civis, cidadãos comuns e a associação de veteranos de guerra do Zimbábue preparam para este sábado uma manifestação contra o presidente Robert Mugabe, que resiste a renunciar, mesmo depois que as Forças Armadas tomaram o controle do país.

Com ‘hashtags’ como “#Mugabemustgo” (“Mugabe deve sair”, em tradução livre) e “#ariseZimbabwe” (“Levante-se Zimbábue”), a convocação se estende pelas redes sociais, com o apoio de grupos civis como o Viva Zimbabawe e dos próprios militares.

Os cidadãos foram convocados a marchar pacificamente no sábado pela tarde na capital do país, Harare, para “reivindicar uma liderança” que liberte o povo do “sofrimento suportado durante tempo demais”, diz o texto de uma das convocações. “O exército abriu o caminho para nós. Agora vamos fazer com que conheçam nossos desejos. Queremos o Zimbábue e o queremos agora”, acrescenta o texto veiculado no Twitter.

A influente Associação Nacional de Veteranos da Guerra de Libertação do Zimbábue (ZNLWA, na sigla em inglês) louvou hoje essa convocação e anunciou para amanhã um grande comício contra o presidente.

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“Ele (Mugabe) pensava que tinha o povo. Amanhã ele verá”, disse hoje o líder da associação, Christopher Mutsvangwa, em uma entrevista coletiva, na qual assegurou que o presidente “está acabado”, que sua “permanência no poder não será permitida” e que lhe darão um “ultimato” para que renuncie.

Os militares tomaram o controle do país na noite de terça para quarta-feira e, em uma mensagem emitida de madrugada durante a tomada da emissora de televisão nacional, os uniformizados explicaram que não se tratava de um golpe contra o presidente, mas de uma operação contra “criminosos” de seu entorno. Apesar da tensão política, a calma tem se mantido nas ruas do país até o momento, e Mugabe presidiu hoje uma cerimônia de formatura em uma universidade de Harare.

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Enquanto Mugabe permanecia isolado em sua residência, as forças armadas detiveram três ministros que apoiavam a candidatura da primeira-dama, Grace Mugabe, de 52 anos. Grace era vista como principal candidata à vice-presidência para disputar as eleições de 2018 depois que seu marido destituiu o vice, Emmerson Mnangagwa, na semana passada.

Precisamente, a demissão do vice-presidente – uma figura incontestável do partido e veterano de guerra que estava em todas as previsões como sucessor de Mugabe – é considerada o estopim principal da crise.

De acordo com a imprensa local, os militares buscam pactuar a saída de Mugabe do poder, mas não necessariamente de forma imediata. Mugabe, que tem 93 anos e governa o país desde 1980, é reticente a renunciar, segundo as mesmas fontes, e quer garantir imunidade para ele e para a primeira-dama.

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Algumas das hipóteses ventiladas são a de que Mugabe renunciará em breve e Mnangagwa, que está foragido na África do Sul, retornará ao país para liderar um governo transitório de concentração, ou que Mugabe permanecerá no cargo até o congresso de seu partido em dezembro, ou até as eleições de 2018.

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