Operação envolveu cerca de 100 policiais e prendeu mais de uma dúzia de pessoas. O local era o menor dos acampamentos instalados em Hong Kong
Por Da Redação
15 dez 2014, 07h40
Autoridades de Hong Kong prenderam vários ativistas pró-democracia nesta segunda-feira ao removerem o último dos três locais de protesto, marcando o fim dos acampamentos de manifestação que bloquearam vias da cidade por mais de dois meses. Cerca de 100 policiais entraram no Causeway Bay, um bairro de lojas popular entre os turistas da China continental, para removerem as barricadas, enquanto os manifestantes tentavam empacotar seus pertences no menor dos três principais acampamentos.
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Um manifestante tocava tambores perto de um cartaz rasgado do presidente chinês, Xi Jinping, diante de vários espectadores. A polícia prendeu mais de uma dúzia de manifestantes, incluindo alguns idosos, que se sentaram no chão e se recusaram a partir. As autoridades arrancaram barracas e outros pertences e os colocaram em caminhões enquanto limpavam o local e liberavam as ruas. A polícia havia anunciado no fim de semana que iria tomar medidas para limpar a área.
Os protestos pacíficos representaram um dos mais sérios desafios às autoridades da China desde as manifestações pró-democracia e a consequente repressão violenta na Praça da Paz Celestial, em Pequim, em 1989. Na quinta-feira, a polícia acabou com a maior parte do principal local de protestos, próximo à sede do governo, prendendo dezenas de ativistas em uma operação em grande parte pacífica.
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No final de novembro, as autoridades já tinham acabado com um acampamento próximo à principal área de negócios da cidade, o centro financeiro de Hong Kong, após várias noites de confrontos entre manifestantes e polícia.
Hong Kong, um ex-território britânico, retornou ao domínio chinês em 1997, sob a fórmula “um país, dois sistemas”, que lhe concede mais autonomia e liberdade do que na China continental e tem o sufrágio universal como objetivo. Os manifestantes exigem nomeações abertas para a próxima eleição do chefe-executivo da cidade, em 2017. Pequim determinou que os eleitores só poderão votar entre candidatos pré-selecionados.
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(Com agência Reuters)
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