Polícia prende mais três pessoas por atentado em Boston

O Departamento de Polícia de Boston anunciou nesta quarta-feira a detenção de mais três pessoas suspeitas de envolvimento no atentado em Boston, que deixou três mortos e mais de 250 feridos. Os três estão ligados ao acusado Dzhokhar Tsarnaev e o ajudaram após o ataque. Eles vão responder a acusações de obstrução da justiça e falso testemunho e devem comparecer diante do tribunal ainda nesta quarta.

Dois dos detidos eram colegas de classe do jovem checheno de 19 anos que foi detido no último dia 19, quatro dias depois do atentado, que ocorreu perto da linha de chegada da Maratona de Boston. Eles foram identificados como Azamat Tazhayakov e Dias Kadyrbayev e são originários do Cazaquistão. Eles já estão sob custória por terem violado as condições de seus vistos de estudante. O terceiro detido é um cidadão americano, Robel Phillipos.

Os três são acusados de remover itens do quarto de Dzhokhar na residência estudantil da Universidade de Massachusetts-Dartmouth, onde estudavam. Acredita-se que teriam ajudado a destruir provas. Uma fonte ligada às investigações disse à rede americana CNN que Dzhokhar entrou em contato com os três depois que o FBI divulgou fotos dele e do irmão Tamerlan e os apontou como suspeitos. Eles também mentiram a agentes da polícia federal americana ao responder se tinham visto os suspeitos ou se sabiam onde eles estavam.

A polícia de Boston ressaltou, por meio de sua página no Twitter, que as novas prisões não configuram ameaça ao público.

Saiba mais:

O perfil do terrorista moderno

A história chechena por trás dos acusados

Recentemente, o FBI disse que expandiu a investigação e tem doze novas pessoas no radar. Até agora, os acusados formalmente pelo ataque são os irmãos Tamerlan Tsarnaev, que morreu em um tiroteio com a polícia, e Dzhokhar, que foi detido.

DNA feminino – Os investigadores tentam descobrir a origem do DNA feminino encontrado em uma panela de pressão usada na fabricação dos explosivos. Uma fonte policial consultada pela rede americana CNN ressaltou que a presença do material genético feminino não significa necessariamente que uma mulher teria conspirado com os dois irmãos.

O DNA no fragmento da panela pode ter vindo de uma das vítimas do ataque ou de qualquer mulher que tenha tocado algum dos itens usados para fabricar a bomba. O FBI colheu amostras na casa da viúva de Tamerlan, em Rhode Island, para determinar se o material genético é de Katherine Russell, ou da filha do casal, uma menina de 3 anos de idade. Katherine já afirmou que não tinha ideia de que o marido estava envolvido com o atentado. Seu advogado afirmou que ela está cooperando com as investigações.

Outra linha de investigação trabalha na busca de uma possível conexão de Tamerlan com um jihadista canadense que foi morto por soldados russos no Daguestão, em julho de 2012. Tamerlan estava visitando a região nesta época. William Plotnikov, de 23 anos, nasceu na Rússia, mas sua família mudou para o Canadá quando ele era adolescente. Como Tamerlan, Plotnikov também era boxeador.

O FBI investigou e interrogou Tamerlan a pedido da Rússia, devido a suspeita de que estaria ligado a militantes extremistas. O governo russo também levantou questionamentos sobre a mãe dos dois terroristas, Zubeidat Tsarnaev. Seu nome foi incluído em uma lista de suspeitos de terrorismo junto com o dos filhos.

(Com agência Reuters)

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O real paradeiro de Tamerlan Tsarnaev

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