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Polícia francesa revista a casa e o escritório de Sarkozy

Ex-presidente enfrenta processo por financiamento ilegal da campanha de 2007

Por Da Redação
3 jul 2012, 13h03
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  • Agentes da polícia francesa revistaram nesta terça-feira a casa e o escritório do ex-presidente Nicolas Sarkozy em busca de provas contra ele em um processo sobre financiamento ilegal da campanha presidencial de 2007 – que envolve a herdeira multimilionária Lilliane Bettencourt, da gigante do setor de cosméticos L’Oreal. Segundo o jornal Le Monde, as buscas foram realizadas pelo juiz Jean-Michel Gentil e por outros investigadores da área de crimes financeiros. Sarkozy, que perdeu sua imunidade judicial em 15 de junho, nega ter cometido qualquer crime.

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    Entenda o caso

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    1. • Liliane Bettencourt, 89 anos, é a maior acionista do império de cosméticos L’Oreal e a mulher mais rica da França, com uma fortuna estimada em 16 bilhões de euros.
    2. • O escândalo explodiu em 2009, quando a partir de uma briga familiar entre ela e a filha, que a acusava de dilapidar a fortuna, vieram à tona mais de 20h de gravações de conversas de Liliane com assessores.
    3. • Os diálogos mencionavam fraude fiscal, interferência do governo e vínculos com o então ministro de Orçamento, Eric Woerth, tesoureiro de Sarkozy na campanha presidencial de 2007.
    4. • Woerth é acusado de ter recebido milhares de euros em espécie, o que constituiria financiamento ilegal de um partido político.


    Os investigadores tentam descobrir se o dinheiro das contas de Sarkozy em bancos suíços foi usado para financiar ilicitamente a campanha eleitoral. Em um dos episódios mais controversos apurados, o ex-gestor da fortuna de Bettencourt, Patrice de Maistre, realizou saques em dinheiro de ao menos 800.000 euros nos meses anteriores à vitória de Sarkozy. À ocasião, Maistre tinha relações com o tesoureiro do partido UMP – da qual Sarkozy fazia parte na época -, o ex-ministro do Trabalho Eric Woerth.

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    Em um documento redigido no dia 22 de março, antes da prisão de Maistre, o juiz que preside o inquérito mencionou saques em dinheiro vivo de 400.000 euros, segundo o Journal du Dimanche. O primeiro deles foi no dia 5 de fevereiro de 2007, “dois dias antes” de um encontro entre Patrice de Maistre e Eric Woerth, então tesoureiro da campanha de Sarkozy. Segundo a ex-contadora dos Bettencourt, Claire Thibout, Patrice de Maistre nunca escondeu que queria dar dinheiro a Woerth. Outro saque de 400.000 euros foi efetuado no dia 26 de abril de 2007.

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    Agenda – O fotógrafo e artista François-Marie Banier, que era muito ligado à herdeira, cita, em sua agenda pessoal, um comentário feito por Liliane Bettencourt sobre “um novo pedido de dinheiro”, com datas coincidentes. “De Maistre disse-me que ele pediu dinheiro outra vez. Disse que sim”, teria afirmado Liliane, segundo uma edição do Le Monde. O jornal afirma que um ex-chofer relatou ao magistrado, no dia 8 de março, que uma governanta, que já morreu, contou a ele que nessa época “Sarkozy teve um encontro rápido com Liliane, para pedir dinheiro”.

    Em novembro de 2011, a Justiça francesa decidiu manter Liliane Bettencourt, de 89 anos, sob tutela judicial de sua filha e seus netos. O Tribunal de Apelação de Versalhes examinou as modalidades da proteção judicial e decidiu não suspender a decisão anterior, pela qual o neto mais velho, Jean-Victor Meyers, passou a se encarregar da tutela pessoal, enquanto os dois outros netos e sua filha, Françoise Bettencourt-Meyers, cuidam de sua fortuna.

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