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Pink Floyd: Polícia alemã investiga Roger Waters por usar uniforme nazista

Vocalista usou uma fantasia que fazia analogia ao nazismo nos últimos shows feitos na Alemanha

Por Da Redação
26 Maio 2023, 16h15

Depois que o cantor de Pink Floyd, Roger Waters, usou um uniforme de estilo nazista em shows recentes em Berlim, a polícia da Alemanha iniciou, nesta sexta-feira, 26, uma investigação criminal contra o cofundador da banda. 

Na última apresentação, Waters apareceu no palco interpretando o personagem Pink, da ópera rock The Wall, durante a música “In the Flesh”. Ele vestia um sobretudo de couro preto e uma braçadeira vermelha, com um desenho de dois martelos cruzados em vez de uma suástica.

Algumas imagens nas redes sociais mostraram Waters imitando uma metralhadora, usando a fantasia que lembra o uniforme nazista. 

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Martin Halweg, porta-voz da polícia de Berlim, disse que o uso das roupas polêmicas pelo vocalista do Pink Floyd pode “chancelar, glorificar ou justificar” o regime de Adolf Hitler, violando a dignidade das vítimas do nazismo e “perturbando a paz pública”.

A exibição de símbolos nazistas, como a suástica ou a insígnia da SS, é ilegal na Alemanha, a não ser que tenha fins educacionais ou seja feito em contextos artísticos. 

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Além disso, o conceito jurídico de “incitação do povo”, frequentemente aplicado a julgamentos relacionados ao negacionismo do Holocausto na Alemanha, torna ilegal o atentado à dignidade humana de “grupos nacionais, raciais, religiosos ou de um grupo definido por suas origens étnicas”.

Em 1990, o Waters e a banda alemã Scorpions performaram “In the Flesh” ao lado do recém-derrubado Muro de Berlim. Na época, o cantor usava um uniforme militar parecido com o do ditador chileno Augusto Pinochet.

Já em sua turnê “The Wall Live”, de 2010 a 2013, que incluiu nove shows na Alemanha, Waters usou um traje semelhante ao estilo nazista.

Como parte da investigação, a polícia de Berlim vai analisar as imagens de performances anteriores para avaliar se o figurino havia sido trocado.

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Nos últimos dias, as autoridades israelenses também criticaram Waters, que apoia o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento, Sanções) contra Israel, por suposto antissemitismo. O cantor rejeitou todas as acusações.

A polícia de Berlim está analisando evidências há aproximadamente três meses e entregará suas conclusões à promotoria estadual, que avaliará se o ato de Waters pode ser considerado uma incitação ao ódio.

Neste domingo, 28, Waters deve fazer um show em Frankfurt. Autoridades tentaram cancelar a apresentação, afirmando que ele é “um dos antissemitas mais conhecidos do mundo”.

O músico entrou com uma ação judicial contra a decisão, e, embora o tribunal administrativo de Frankfurt tenha permitido a realização do evento, ele reconheceu que alguns aspectos da performance eram “de mau gosto”.

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