O ex-presidente e atual primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, venceu as eleições presidenciais realizadas neste domingo com a maioria absoluta dos votos, segundo pesquisas de boca de urna realizadas pelo Fundo de Opinião Pública. De acordo com os resultados, divulgados pela agência Interfax logo após o fechamento dos colégios eleitorais, Putin teria obtido 59,3% dos votos.
Na mesma pesquisa, o candidato do Partido Comunista da Rússia, Gennady Zyuganov, aparece na segunda posição, com 18,8% dos votos, seguido do candidato independente, o magnata Mikhail Prokhorov, com 9,6%. Em quarto lugar aparece o ultranacionalista Vladimir Jirinovsky, com 7,4%, enquanto o social-democrata Sergey Mironov encerra a lista, com 4,3%.
Mais cedo, a ONG Golos, defensora do direito ao voto e da lisura do processo eleitoral, denunciou mais de 3.000 irregularidades nas eleições presidenciais da Rússia. Conforme o site da organização, uma das violações mais frequentes da lei eleitoral desse país é a pressão sobre os funcionários públicos: a associação estima em 560 os casos dessa natureza.
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Apuração – Logo após o fechamento das urnas, deu-se início à apuração dos votos. Com 14,5% dos colégios eleitorais contabilizados, Putin aparecia em vantagem ainda maior do que aponta a boca de urna: com 61,8% dos votos. O comunista Guenadi Ziuganov chega na segunda posição com 17,8% dos votos.
Na terceira posição, o populista Vladimir Jirinovski (8,0%) supera o multimilionário Mikhail Projorov (7,5%) e o centrista, próximo ao Kremlin, Serguei Mironov (3,67%). Estes números foram divulgados às 21 horas (locais, 14 horas em Brasília) após o fechamento dos últimos colégios eleitorais em Kaliningrado, enclave russo entre a Polônia e os países bálticos.
Putin deixou o Kremlin em 2008 para ser primeiro-ministro porque a Constituição o impedia de cumprir mais de dois mandatos consecutivos. Lançou, então, à liderança do Estado seu pupilo Dimitri Medvedev, que em setembro passou para segundo plano para que seu mentor pudesse voltar ao Kremlin em 2012. Uma reforma constitucional elevou de quatro a seis os anos de mandato, de modo que Putin pode concorrer novamente em 2018, permanecendo, assim, no poder até 2024.
(Com agência EFE)