
Os Estados Unidos anunciaram neste sábado a transferência de seis prisioneiros da base de Guantánamo, em Cuba, para Omã, na Ásia, como parte dos esforços do presidente Barack Obama para fechar a prisão militar cubana.
“Os Estados Unidos são gratos ao governo de Omã por seu gesto humanitário e disponibilidade para apoiar os esforços em curso dos Estados Unidos para fechar o campo de detenção de Guantánamo”, declarou o Departamento de Defesa em um comunicado.
Os seis homens seriam do Iêmen e foram identificados como Idris Ahmad Abd Al-Qadir, Sharaf Ahmad Muhammad Masud, Jalal Salam Awad Awad, Saad Nasser Moqbil Al-Azani, Emad Abdallah Hassan e Mohammed Ali Salem Al-Zarnuki.
O Pentágono indicou que os Estados Unidos “coordenaram com o governo de Omã para garantir que essas transferências sejam acompanhadas de medidas apropriadas de segurança e de tratamento humanitário”.
“As medidas a serem tomadas devem estar adaptadas para atenuar uma ameaça específica que o detido possa representar. Se não recebermos as garantias adequadas, a transferência não acontecerá”, declarou o porta-voz do Pentágono, o tenente coronel Myles Caggins.
O Ministério das Relações Exteriores de Omã confirmou que os seis homens eram do Iêmen e indicou que chegaram neste sábado no Sultanato, onde permanecerão “temporariamente”, indicou em um comunicado divulgado pela agência de notícias oficial ONA.
Esta é a segunda transferência de prisioneiros de Guantánamo este ano, depois de o Pentágono anunciar em janeiro o envio de quatro homens para Omã e um para a Estônia. A primeira foi do trio de prisioneiros Shaker Aamer, britânico detido em Guantánamo há 13 anos, Yunis Chekuri, marroquino, e Ahmed Abdel Aziz, mauritano. No ano passarado, foram transferidos de lá um total de 28 prisioneiros. Depois da transferência de hoje, ainda permanecem no local outros 116 detentos.
A maioria republicana no Congresso dos Estados Unidos votou disposições que impedem o presidente Barack Obama de fechar Guantánamo, como desejava fazê-lo em 2009. A prisão foi aberta para receber supostos suspeitos de terrorismo após os ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos.
(com AFP)