Um grupo de pistoleiros invadiu uma festa em Ciudad Juárez, na fronteira do México com os Estados Unidos, na noite da última sexta-feira, e matou a tiros 12 jovens. “Temos um balanço inicial de 12 mortos e mais de 10 feridos que foram levados para diferentes hospitais”, afirmou à AFP uma fonte da polícia, que não quis se identificar.
Segundo a imprensa local, as vítimas são cinco mulheres e sete homens, incluindo um jovem de 13 anos. Uma mulher grávida e uma menina de sete anos também foram baleadas. Jornais mexicanos, contudo, chegaram a informar que o número de mortos subiu para 15 após três pessoas falecerem em hospitais. Mas, a informação não foi confirmada.
O massacre foi registrado à 1h40 em uma área residencial de Ciudad Juárez. O local já foi palco de sangrentas ações de narcotraficantes, que a converteram na região mais violenta do México.
Vizinhos afirmaram à polícia que os pistoleiros chegaram em sete caminhonetes. “As vítimas se encontravam no pátio da casa onde ocorria a festa quando vários sujeitos encapuzados, com uniformes escuros e grandes armas, chegaram em diversas caminhonetes, invadiram o local e começaram a disparar de forma indiscriminada”, acrescentou a fonte da polícia.
Um vizinho revelou que o tiroteio durou mais de cinco minutos e que durante o ataque, duas caminhonetes fecharam os acessos à rua. Segundo testemunhas, vários feridos foram socorridos em carros particulares.
Histórico – O massacre ocorreu em uma zona residencial conhecida como “Horizontes do Sul”, situada a menos de dois quilômetros do local de outra chacina, em janeiro passado, quando 16 jovens foram executados em uma festa.
Em agosto, um outro massacre no México chamou a atenção do mundo. Autoridades encontraram em um rancho do estado de Tamaulipas 72 cadáveres de imigrantes da América Central e da América do Sul. Acredita-se que eles tenham sido assassinados por narcotraficantes diante da negativa de se unirem às atividades criminosas.
A violência ligada ao tráfico de drogas já deixou mais de 7 mil mortos este ano no México, segundo a Procuradoria Federal. O período foi o mais violento desde o início da ofensiva do governo contra o narcotráfico, em dezembro de 2006.
(Com agência France-Presse)