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Pavel Durov: quem é o CEO do Telegram e por que ele foi preso na França

Detenção do bilionário russo está ligada a uma investigação sobre transações ilícitas, abuso sexual infantil e fraude

Por Paula Freitas 26 ago 2024, 18h02
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  • O fundador e CEO da Telegram, Pavel Durov, fala durante a conferência do projeto da vida de Digitas - 24/01/2012
    O fundador e CEO da Telegram, Pavel Durov, fala durante a conferência do projeto da vida de Digitas - 24/01/2012 (Nadine Rupp/Getty Images)

    Pavel Durov, fundador e CEO do aplicativo de mensagens Telegram, foi preso no aeroporto de Bourget, em Paris, na noite de sábado, 24, por não ajudar em investigações de crimes online que ocorrem em sua plataforma. Dois dias depois, nesta segunda-feira, 26, a promotora de Paris, Laure Beccuau, revelou que a detenção do bilionário russo está ligada a uma investigação mais ampla sobre transações ilícitas, abuso sexual infantil, fraude e recusa de comunicação de informações às autoridades.

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    Um alto funcionário da Ofmin, uma agência francesa criada no ano passado para prevenir violência e abuso contra crianças, disse que a prisão de Durov está ligada à falha do Telegram em combater esse tipo de crime no aplicativo, incluindo a disseminação de material de abuso sexual de menores de idade (conteúdo chamado antigamente de pornografia infantil). A Ofmin emitiu o mandado de prisão para Durov.

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    “No cerne deste caso está a falta de moderação e cooperação da plataforma (que tem quase 1 bilhão de usuários), em particular na luta contra crimes contra crianças”, escreveu Jean-Michel Bernigaud, secretário-geral do Ofmin, no LinkedIn.

    Nesta segunda, o presidente francês, Emmanuel Macron, se pronunciou sobre o caso e deu a primeira confirmação de que Durov havia sido preso como parte de um inquérito judicial relacionado ao Telegram. “Nas redes sociais, como na vida real, as liberdades são exercidas dentro da lei para proteger os cidadãos e respeitar seus direitos fundamentais”, escreveu Macron no X, antigo Twitter, acrescentando que a prisão “não foi de forma alguma uma decisão política”. “Cabe ao judiciário, em total independência, fazer cumprir a lei”, resumiu.

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    Detetives especialistas em crimes cibernéticos e fraudes estão investigando 12 supostos delitos ligados ao crime organizado, incluindo cumplicidade na posse e distribuição de imagens de crianças de “natureza pedófila e pornográfica”, delitos de drogas e fraude. Não está claro sobre quais dos supostos delitos a polícia está interrogando Durov.

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    No domingo 25, o magistrado investigador estendeu a detenção de Durov de 24 para até 96 horas. Até esse prazo, o tribunal deve acusá-lo de um crime, dando continuidade à sua detenção, ou libertá-lo.

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    Quem é Pavel Durov

    Nascido na Rússia, Pavel Durov, de 39 anos, possui dupla cidadania dos Emirados Árabes Unidos e da França. O bilionário tem uma fortuna estimada pela Forbes em US$ 15,5 bilhões, aproximadamente R$ 85 bilhões na cotação atual. Ele criou o Telegram em 2013 com o irmão, Nikolai Durov, que é matemático e programador.

    Frequentemente retratado como “Mark Zuckerberg da Rússia”, em referência ao criador do Facebook, Durov deixou seu país de origem em 2014 após se recusar a cumprir as exigências do Kremlin de fechar grupos de oposição na rede social VK, que ele fundou quando tinha 22 anos.

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    Recentemente, Durov chamou atenção ao revelar, em seu canal oficial na plataforma, que tem mais de 100 filhos biológicos em 12 países, graças a doações de esperma que fez nos últimos 15 anos. Ele contou que a ideia das doações surgiu quando um amigo o procurou pedindo ajuda, já que ele e a esposa tinham um problema de fertilidade.

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