Duma emite sinais conflitantes com os dados pelo Kremlin nesta segunda, quando a Rússia prometeu ao Ocidente propostas para resolver a crise
Por Da Redação
11 mar 2014, 05h33
A Câmara baixa do Parlamento russo, a Duma, definiu nesta terça-feira a data de 21 de março para realizar sua primeira sessão com objetivo de discutir a legislação necessária à anexação da república autônoma ucraniana da Crimeia. A informação foi divulgada pela agência russa estatal RIA-Novosti. A região da Crimeia se tornou foco de tensão entre Rússia e Ucrânia nas últimas semanas, após a destituição do presidente Viktor Yanukovich, aliado de Moscou, e a ascensão da oposição pró-União Europeia ao comando interino do país.
No próximo domingo a Crimeia realiza um referendo sobre sua integração à Federação Russa. A votação é considerada inconstitucional pelos líderes oposicionistas – o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, e o presidente dos EUA, Barack Obama, também já apontaram que o referendo é ilegal e não respeita as normas do direito internacional.
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Ao colocar a anexação da Crimeia em pauta, a Duma emite sinais conflitantes com os dados pelo Kremlin nesta segunda-feira, quando o governo russo prometeu ao Ocidente propostas para resolver a crise na antiga república soviética. O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, não deu detalhes sobre as propostas, mas parece descartar a criação de um grupo de contato para acompanhar a situação, como foi proposto pela chanceler alemã, Angela Merkel, e por Barack Obama.
Nas propostas ocidentais, disse o ministro russo, “tudo tem sido formulado no sentido de um suposto conflito entre a Rússia e a Ucrânia”, insistindo em que as novas autoridades ucranianas chegaram ao poder por meio de um “golpe de Estado”. Depois do anúncio de Moscou, a Ucrânia considerou que a Rússia deve apresentar “provas concretas” de que está pronta para aceitar propostas americanas para solucionar a crise.
Nesse contexto, o ministro ucraniano da Defesa, Igor Teniukh, declarou que, de acordo com as instruções do presidente interino Olexander Turchynov, as unidades em estado de alerta “haviam se somado aos terrenos militares para participar das manobras”. Ele garantiu que “as pessoas estão prontas para defender seu Estado”.
Aviões – Enquanto isso, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) enviou aviões de reconhecimento para países vizinhos à Ucrânia, a fim de supervisionar a situação. A aliança militar do Ociente anunciou o envio de aviões-radares Awacs para missões de reconhecimento sobre Polônia e Romênia. Os voos “vão reforçar a capacidade de vigilância da situação” pela Otan e “acontecerão unicamente sobre os territórios” de países pertencentes à aliança, segundo uma autoridade da organização.
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, havia declarado que a crise ucraniana representava “sérias ameaças à segurança e à estabilidade da zona euro-atlântica”. Ele acusou a Rússia de “violar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, e de violar seus compromissos internacionais” ao enviar tropas à Crimeia.
Já os Estados Unidos, país mais poderoso da aliança militar, decidiram intensificar seus treinamentos aéreos conjuntos com a Polônia e aumentar sua participação na proteção do espaço aéreo dos países bálticos. Na Crimeia, ocupada desde o final de fevereiro por forças russas, as autoridades separatistas defendem a anexação da península à Rússia, incentivados por Vladimir Putin, que tem ignorado as advertências ocidentais.
(Com agência EFE)
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