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Parlamento Europeu aprova lei de restauração de ecossistemas

Dividindo opiniões entre legisladores, plano foi aprovado com placar apertado, com 336 votos a favor, 300 contra e 13 abstenções

Por Da Redação
12 jul 2023, 14h47

O Parlamento Europeu, o poder legislativo da União Europeia, aprovou nesta quarta-feira, 12, uma lei voltada para a restauração de ecossistemas degradados pela ação humana. Dividindo opiniões entre os legisladores, o plano foi aprovado por um placar apertado, com 336 votos a favor, 300 contra e 13 abstenções, após uma intensa campanha de oposição organizada por grupos da centro-direita e direita.

“Ganhamos. É uma vitória social: para os cientistas, para os jovens, para muitas empresas e negócios, para o setor agrícola”, disse o espanhol Cesar Luena, principal negociador da lei no Parlamento.

Em conjunto, os legisladores e os Estados-membros revisarão o texto final, procurando que o acordo seja firmado antes das eleições do Parlamento, em 2024. A decisão expõe uma ruptura entre as nações do bloco e negociadores da proposta, em um contexto no qual líderes do governo alegam que a Europa estaria promulgando um amplo pacote de leis ambientais como resultado de sua agenda verde.

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A legislação é apoiada por uma gama de cientistas, legisladores e ativistas, incluindo a sueca Greta Thunberg, que este presente na assembleia para acompanhar a votação. A Europa tem registrado um crescente declínio dos seus habitats naturais, uma vez que 81% deles estão em condições ruins. Com a aprovação, os países participantes precisarão introduzir medidas para restaurar um quinto de suas terras e mares nos próximos sete anos.

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Ativista sueca Greta Thunberg durante votação de lei de restauração ambiental, no Parlamento Europeu. 12/07/2023 (FREDERICK FLORIN/AFP)

Nadando contra a maré, o Partido Popular Europeu (EPP), maior bloco parlamentar, atuou ativamente em uma campanha para rejeitar o plano, sob a justificativa de que prejudicaria o trabalho de agricultores e, por consequência, abriria espaço para a insegurança alimentar.

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“É uma vitória vazia”, ​​defendeu o presidente do grupo, o eurodeputado alemão Manfred Weber. “Só podemos ter sucesso no acordo verde se nos unirmos, obviamente não é o caso desta legislação ruim”.

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Especialistas acusam o partido de promover desinformação como estratégia para angariar votos para as próximas eleições. Para cumprir a agenda verde da União Europeia, Bruxelas já aprovou dezenas de leis voltadas para a redução dos níveis de CO2, incluindo sua meta de zerar emissões líquidas de gases causadores do efeito estufa até 2050.

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As iniciativas, no entanto, enfrentam uma forte resistência entre parlamentares mais conservadores, já que parte delas exige que agricultores combatam a poluição ambiental e evitem o extinção das populações de abelhas e borboletas. Ainda nesta semana, os legisladores votaram para enfraquecer um projeto de redução de poluição das fazendas.

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