Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Parlamento espanhol inicia debate que pode acabar com governo de Rajoy

Partido do primeiro-ministro da Espanha está envolvido em grande esquema de corrupção; Rajoy é acusado de mentir sobre não saber de nada

Por Da Redação
31 Maio 2018, 09h42

A câmara baixa do Parlamento da Espanha iniciou nesta quinta-feira (31) um debate de dois dias sobre uma moção de censura que pode encerrar o governo de quase oito anos do primeiro-ministro Mariano Rajoy e substituí-lo pelo líder da oposição socialista.

Na semana passada, Rajoy se recusou a renunciar depois que seu Partido Popular (PP) foi multado por se beneficiar de um grande esquema de corrupção. A Justiça espanhola questiona a alegação de que Rajoy e outros líderes da sigla não sabiam da existência de atividades contábeis ilegais no PP.

O líder socialista Pedro Sánchez, que lidera o pedido de moção de censura contra Rajoy, se tornará automaticamente o novo primeiro-ministro do país se conquistar, amanhã, pelo menos 176 de 350 votos na câmara.

Durante a sessão, Sánchez pediu que Rajoy renuncie “aqui e agora”. “Renuncie agora e tudo vai acabar. O seu tempo acabou. Renuncie e a moção de censura será encerrada aqui e agora”, disse.

Continua após a publicidade

Sánchez advertiu ao chefe de governo que a renúncia é a “única resposta” que pode ser admitida pela sentença do caso Gürtel, na qual a Audiência Nacional – uma instância judicial com jurisdição sobre todo o território espanhol – condenou na semana passada vários ex-integrantes do PP, empresários e inclusive o próprio partido, que obteve benefícios dentro do esquema de corrupção.

Sánchez, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), ressaltou que a moção de censura nasce da “incapacidade” de Rajoy de assumir suas responsabilidades políticas após a sentença “devastadora” de Gürtel, que, em outras democracias, levaria à renúncia do governo.

Continua após a publicidade

Se ganhar a moção de censura amanhã, Pedro Sánchez se comprometeu a presidir um governo que seria “socialista, igualitário, europeísta, fiador da estabilidade orçamentária e econômica, e cumpridor de seus deveres europeus”.

Em sua defesa, Rajoy criticou os socialistas (PSOE) e disse que eles têm uma visão “interesseira e manipulada” da sentença que condenou o PP. “O PP não é um partido corrupto, embora os senhores não desgostem”, afirmou o chefe do Executivo em seu discurso no Congresso.

A legislatura está em sua metade e acabará em junho de 2020. Para conseguir a Chefia do Executivo, Sánchez deve obter o apoio de vários grupos, já que seu partido tem apenas 84 deputados em uma Câmara de 350.

Continua após a publicidade

(Com EFE e Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.