Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Para evitar separação, Grã-Bretanha promete mais recursos à Escócia

Líder separatista escocês afirma que mesmo com independência, país seguirá na Commonwealth e manterá a rainha Elizabeth II como chefe de Estado

Por Da Redação
16 set 2014, 11h01
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A Grã-Bretanha prometeu nesta terça-feira garantir altos níveis de financiamento à Escócia, concedendo aos escoceses maior controle sobre seus gastos de saúde, em uma última tentativa para alavancar apoio pela manutenção do Reino Unido antes do referendo sobre a independência marcado para quinta-feira. Com as pesquisas mostrando que a decisão sobre a independência da Escócia será apertada, os gastos com bem-estar social e com o futuro do renomado Sistema Nacional de Saúde formaram uma parte central do argumento do nacionalista Alex Salmond pela secessão.

    Publicidade

    Em um acordo patrocinado pelo ex-primeiro-ministro Trabalhista, Gordon Brown, os líderes dos três principais partidos britânicos disseram que manteriam a equação de financiamento que sustenta um nível maior de gastos públicos na Escócia. “As pessoas querem ver mudanças”, disse o acordo, publicado no jornal escocês Daily Record e assinado pelo primeiro-ministro conservador David Cameron, pelos líderes trabalhista, Ed Miliband, liberal democrata, Nick Clegg. “Um voto pelo ‘não’ propiciaria uma mudança mais rápida, segura e melhor do que a separação”, afirma o texto do acordo.

    Publicidade

    Leia também

    Celebridades opinam sobre a independência da Escócia

    Publicidade

    Elizabeth II pede que escoceses pensem ‘cuidadosamente’ sobre voto de independência

    Nova pesquisa dá vitória ao ‘não’ no referendo sobre a independência da Escócia

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Diversos eleitores nas zonas industriais do norte da Inglaterra e de Gales dependem dos gastos sociais do governo, ao passo que alguns parlamentares ingleses do próprio partido de Cameron já pediram que a Inglaterra tenha mais poderes em relação ao governo central. Se os escoceses votarem pela independência, a Grã-Bretanha e a Escócia teriam dezoito meses de negociações pela frente sobre todos os temas, desde o petróleo do Mar do Norte até a libra esterlina e a filiação à União Europeia, além da principal base nuclear submarina da Grã-Bretanha, que fica na Escócia.

    A possibilidade de cindir o Reino Unido, sexta maior economia do mundo e membro com poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas, leva preocupação para o mercado e para outros países europeus que convivem com anseios separatistas em seus territórios.

    Publicidade

    Commonwealth – Os partidários da independência da Escócia querem ser um novo Estado da Comunidade Britânica de Nações, mais conhecida como Commonwealth, a associação que vincula o Reino Unido a muitos de seus antigos territórios. O primeiro-ministro do governo autônomo da Escócia, o nacionalista Alex Salmond, quer manter vínculos com a comunidade e conservar a rainha Elizabeth II como chefe de Estado, assim como em dezesseis países da Commonwealth, incluído o Reino Unido.

    Leia mais

    Publicidade

    Times de futebol da Escócia rivalizam até em pleito sobre independência

    Continua após a publicidade

    Bancos mudarão sede para Londres se Escócia tornar-se independente

    Rainha britânica está ‘horrorizada’ com possibilidade de independência da Escócia

    Essa associação – cujos membros mantêm laços de história, idioma e cultura – é formada por 53 Estados independentes, sendo 32 repúblicas, dezesseis monarquias dependentes da rainha da Inglaterra e cinco monarquias nacionais. Com 2,2 bilhões de pessoas, 30% da população mundial, a associação garante os processos eleitorais dos países-membros, assessora-os em caso de conflitos internos e dá especial atenção aos Estados pequenos, garantindo defesa e representação em fóruns globais.

    Os países compõem a Commonwealth reconhecem Elizabeth II como símbolo da livre associação dos Estados-membros e, apesar de ser considerada chefe da comunidade, a monarca não desempenha nenhum papel executivo. As únicas decisões formais entre os Estados-membros são tomadas em encontros periódicos dos chefes de Estado. Os países da Commonwealth não têm compromissos legais, e podem se retirar unilateralmente do grupo.

    (Com agências Reuters e France-Presse)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.