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Papa Francisco hospeda vítimas chilenas de abuso sexual

Francisco espera contornar seu "grave erro" de ter respaldado o bispo Juan Barros, acusado de proteger padres abusadores, em visita ao Chile

Por Denise Chrispim Marin Atualizado em 26 abr 2018, 15h53 - Publicado em 26 abr 2018, 13h57

O Papa Francisco receberá três vítimas de abuso sexual cometido por padres no Chile entre hoje e 30 de abril. Os chilenos Juan Carlos Cruz, James Hamilton y José Andrés Murillo ficarão alojados a partir desta quinta-feira (26) na residência papal de Santa Marta, conforme noticiou o jornal argentino La Nación.

Com a iniciativa, o Vaticano espera contornar um erro que afetou sua credibilidade para tratar do tema, extremamente sensível para a Igreja. Em sua viagem ao Chile, em janeiro passado, Francisco havia respaldado Juan Barros, bispo da cidade de Ozono acusado de ter protegido sacerdotes acusados por abuso sexual de menores. Houve reação indignada em todo o país.

“Durante estes dias de encontro pessoal e fraterno, o papa quer pedir-lhes perdão, compartilhar a dor e a vergonha que sofreram e, sobretudo, escutar todas as sugestões deles para evitar a repetição de semelhantes fatos reprováveis”, disse o porta-voz de Francisco, Greg Burke.

Segundo Burke, o papa receberá cada uma das vítimas individualmente pelo tempo que seja necessário.

Cruz, Hamilton e Murillo foram abusados pelo padre Fernando Karadima, quando ele era pároco de El Bosque. Karadima foi condenado em 2011 pelo Vaticano a cumprir uma vida de oração e penitência por ter abusado de menores nas décadas de 1970 e 1980.

O Papa Francisco tomou a decisão de convidar as três vítimas para o encontro em Santa Marta depois de ter recebido o relatório final de investigação sobre o bispo Barros, que encomendara logo de seu retorno do Chile. O dossiê foi elaborado pelo arcebispo de Malta, Charles Scicluna, e contém 2.300 arquivos. Scicluna, um especialista em investigações de abusos,  ouviu 64 pessoas no Chile.

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Há duas semanas, o papa enviou à Conferência Episcopal do Chile uma carta na qual reconheceu ter cometido “graves erros de valor” em relação ao bispo Barros. Francisco pediu perdão, disse sentir “dor e vergonha” e antecipou que se reuniria às vítimas de abusos sexuais cometidos por sacerdotes.

O Vaticano anunciou que o Papa Francisco “pede orações pela Igreja do Chile neste momento doloroso”.

 

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