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Papa é recebido por 600 mil pessoas no México

Por Ronaldo Schemidt
24 mar 2012, 08h52

Entre 600 mil e 700 mil pessoas participaram na noite de sexta-feira da recepção ao Papa Bento XVI no estado de Guanajuato, no centro do México, segundo a Santa Sé.

No trajeto de 34 km entre o aeroporto de Silao e o Colégio de Miraflores, na cidade de León, onde Bento XVI passou a noite, uma multidão saudou o Papa agitando bandeiras amarelas e brancas, as cores do Vaticano.

Em sua viagem ao México, Bento XVI visitará três cidades: León, Silao e Guanajuato, capital do estado do mesmo nome e uma das regiões mais católicas do país.

Em sua chegada ao México, Bento XVI afirmou que nenhum poder pode desprezar a dignidade humana, e pediu aos católicos para reafirmar sua fé.

O Pontífice disse ainda que os mexicanos precisam ser “fermento na sociedade, contribuindo para uma convivência respeitosa e pacífica, baseada na inigualável dignidade de qualquer pessoa, criada por Deus, a qual nenhum poder tem direito de esquecer ou desprezar”.

O Papa afirmou que rezará “particularmente pelos que sofrem devido a antigas e novas rivalidades, ressentimentos e formas de violência”.

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Assim, citou as guerras antidrogas que atingem o México e que deixaram desde dezembro de 2006 mais de 50.000 mortos como resultados de disputas entre os cartéis e a repressão militar.

Joseph Ratzinger se disse contente de estar no México e na América Latina. “Desejo dar as mãos de todos os mexicanos e abraçar as nações e os povos latino-americanos”, declarou ao iniciar sua visita.

“A Igreja não compete com outras iniciativas privadas ou públicas. Não pretende nada além de fazer o bem de forma desinteressada e respeitosa”, afirmou o Pontífice que chegou na tarde de sexta-feira no aeroporto de Guanajuato na cidade de Silao, onde foi recebido pelo presidente Felipe Calderón.

Desta forma, o Papa citou as tensões em torno do crescente laicismo no México, que se traduziu em reformas vinculadas à família, ao aborto e às uniões homossexuais.

A Cidade do México aprovou nos últimos anos leis que descriminalizam o aborto antes das 12 semanas de gravidez e autorizam o casamento com plenos direitos de pessoas do mesmo sexo.

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Bento XVI afirmou sua esperança de que “este povo honre a fé recebida e suas melhores tradições”, diante da diminuição das práticas religiosas registrada no país e da violência relacionada ao narcotráfico que deixa 50.000 mortos em cinco anos.

O Papa, 84 anos, iniciou sua viagem ao México assistindo um grupo de mariachis e de dança folclórica no aeroporto de Silao, sob um forte sol, mas se manteve firme diante da multidão, integrada por grupos de jóvens estudantes, dezenas de crianças, mulheres e indígenas procedentes de distintos pontos do México, muitos vestidos com seus trajes típicos.

Bento XVI se deteve particularmente diante de um menino cadeirante, a quem deu sua benção, sob um forte sol e temperatura de 30 graus.

Na Cidade do México e em outras regiões do país, pequenos grupos protestaram contra a visita do Papa, acusado de “cumplicidade com padres pederastas”, e exigiram “respeito ao Estado leigo.

Nesta segunda visita à América Latina, após viajar ao Brasil em 2007, Bento XVI irá a três cidades do México e a duas de Cuba.

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