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Papa critica sistema econômico que tem como ‘ídolo o dinheiro’

"Vamos lutar todos juntos contra o ídolo dinheiro, contra um sistema sem ética, injusto, no qual o dinheiro manda", afirmou, em visita à Sardenha

Por Da Redação
22 set 2013, 15h42
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  • O papa Francisco atacou neste domingo o sistema econômico em vigor no mundo, que tem, segundo ele, o dinheiro como ídolo. Drante um comovente encontro na ilha da Sardenha com desempregados e empresários afetados pela grave crise econômica que atinge a Itália, o pontífice foi ovacionado ao falar sobre as dificuldades de desempregados. “Vamos lutar todos juntos contra o ídolo dinheiro, contra um sistema sem ética, injusto, no qual o dinheiro manda”, afirmou, arrancando aplausos e lágrimas dos fiéis.

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    O discurso com palavras duras foi feito pouco depois de sua chegada à ilha, onde foi acolhido por centenas de pessoas reunidas ao longo do percurso decorado com bandeiras com as cores do Vaticano (branco e amarelo), assim como da Argentina e da Sardenha. A visita de Francisco à ilha italiana foi programada em maio pelo próprio papa para homenagear a Virgem de Bonária, padroeira da Sardenha, que deu origem ao nome de sua cidade natal, Buenos Aires.

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    Depois de percorrer as avenidas que conduzem ao centro de Cagliari, onde centenas de pessoas se reuniam, Francisco se encontrou em um palco externo instalado em frente ao porto com representantes do mundo do trabalho, entre eles um trabalhador desempregado, uma empresária em crise e um agricultor.

    “Aos jovens desempregados, aos que têm um emprego precário, aos empresários e comerciantes com problemas para seguir adiante, expresso minha solidariedade”, disse. “É uma realidade que conheço bem pela experiência que tive na Argentina. Por isso digo a vocês: Coragem! Temos que encarar este desafio histórico com solidariedade e inteligência”, acrescentou.

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    Abandonando o discurso preparado, o Papa contou os sofrimentos de sua família, que emigrou para a Argentina no início do século XX. “Meu pai partiu cheio de sonhos e sofreu a crise de 29. Perderam tudo, não havia trabalho. (…) Falavam disso, senti esse sofrimento, conheço-o bem”, confessou.

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    Durante o encontro, o pontífice também lembrou sua primeira visita, no início de julho, a uma outra ilha italiana, a siciliana Lampedusa, para dar alívio e consolo aos imigrantes ilegais que atravessam o Mediterrâneo em embarcações precárias.

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    “Aqui também vejo sofrimento”, reconheceu, ao se referir à crise econômica da Sardenha, marcada por um alto nível de desemprego, que alcança 18% e afeta, sobretudo, os jovens. “Perdoem-me por estas duras palavras, mas onde não há trabalho falta a dignidade”, disse.

    (Com AFP)

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