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Países boicotaram evento de recepção da delegação dos EUA em Jerusalém

Delegação da União Europeia afirma que seus Estados-membros seguirão sem reconhecer Jerusalém como capital de Israel

Por Da Redação
14 Maio 2018, 09h39
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  • Israel iniciou já no domingo (13) as comemorações pela transferência da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém com uma recepção à delegação americana que teve o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu como anfitrião.

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    O evento, contudo, foi marcado pela ausência de figuras da diplomacia e enviados das principais representações estrangeiras no país. Dos 28 países membros da União Europeia, apenas quatro enviaram representantes para a recepção: Áustria, República Checa, Hungria e Romênia.

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    Entre os 86 embaixadores e encarregados de negócios convidados para a cerimônia, 40 confirmaram presença, mas a maioria dos representantes dos países europeus não assistiram ao evento por não concordarem com a mudança da embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém, por romper com o consenso da comunidade internacional.

    Entre os países que não compareceram ao evento estão Espanha, Reino Unido, França e Itália, além da Rússia. A recepção aconteceu na sede do Ministério das Relações Exteriores israelense em Jerusalém e contou com a presença da filha do presidente americano, Ivanka Trump, e seu marido, Jared Kushner.

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    A abertura da nova embaixada, marcada para esta segunda-feira (14), ocorre após o reconhecimento de Donald Trump de Jerusalém como capital de Israel em dezembro, uma decisão que o republicano disse ter concretizado décadas de promessas de Washington e formalizado uma realidade da região.

    Os palestinos, que querem seu próprio Estado futuro com uma capital em Jerusalém Oriental, ficaram revoltados com a decisão de Trump, que rompeu com a postura adotada por outras gestões americanas de manter sua representação em Tel Aviv à espera de progressos nos esforços de paz.

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    Essas conversas foram interrompidas em 2014. Outras grandes potências receiam que a medida dos Estados Unidos inflame protestos de palestinos na Cisjordânia ocupada e na fronteira com a Faixa de Gaza, onde Israel reforçou as tropas antes da abertura da embaixada.

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    A maioria dos países diz que a situação de Jerusalém deveria ser determinada em um acordo de paz definitivo e que transferir as embaixadas agora seria se antecipar tal acordo.

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    No domingo à noite, a delegação da UE em Israel comunicou através do Twitter que “seus Estados-membros seguirão respeitando o consenso internacional sobre Jerusalém”, assim como a resolução 478 do Conselho de Segurança da ONU de 1980, na qual ficou decidido que os Estados-membros deveriam retirar suas embaixadas da Cidade Sagrada em rejeição à anexação unilateral de Jerusalém Oriental por Israel.

    Entre os que participaram do evento no domingo também estavam a ministra de Relações Exteriores da Guatemala, Sandra Jovel, que chegou ao país para inaugurar na próxima quarta-feira a embaixada de seu país em Jerusalém, seguindo os passos de Washington.

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    Também participaram do evento os representantes de outros países latino-americanos como República Dominicana, El Salvador, Honduras, Panamá, Peru e Paraguai.

    Falando a dignitários no Ministério das Relações Exteriores, entre eles o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, e a filha e o genro do presidente, Ivanka Trump e Jared Kushner, o premiê israelense exortou outros a seguirem o exemplo de Washington.

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    “Transfiram suas embaixadas a Jerusalém porque é a coisa certa a fazer”, disse Netanyahu. “Transfiram suas embaixadas a Jerusalém porque isso promove a paz, e isso porque não se pode basear a paz em uma fundação de mentiras”.

    Netanyahu disse que “em qualquer acordo de paz que se possa imaginar, Jerusalém continuará sendo a capital de Israel”.

    A cidade, que é sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos, foi decorada com canteiros de flores nas laterais das ruas no formato da bandeira dos EUA e cartazes dizendo “Trump torna Israel grande novamente”.

    “Tragicamente, o governo dos Estados Unidos escolheu se alinhar às reivindicações exclusivistas de Israel sobre uma cidade que é sagrada para todas as crenças há séculos”, disse a delegação geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) nos Estados Unidos.

    (Com Reuters e EFE)

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