Otan: Rússia reúne tropas na fronteira com Ucrânia
Para a aliança militar, movimentação das tropas é 'motivo de preocupação'. Combates entre Exército ucraniano e milícias pró-Rússia prosseguem no leste
Por Da Redação
6 ago 2014, 08h26
A Rússia reuniu cerca de 20.000 homens na fronteira leste da Ucrânia e pode usar a desculpa de uma missão humanitária ou de manutenção da paz para enviá-los ao território ucraniano, informou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), nesta quarta-feira. “Nós não vamos adivinhar a intenção da Rússia”, disse a porta-voz da Otan, Oana Lungescu em comunicado. “A recente atividade militar russa aumenta ainda mais a tensão e prejudica os esforços em busca de uma solução diplomática para a crise. Essa é uma situação perigosa.” A Otan também confirmou que não vai agir, mas vai acompanhar “atentamente” a movimentação das tropas russas próximas à fronteira com a Ucrânia. Desde o início dos distúrbios no leste ucraniano, no início do ano, a Otan monitora a região com satélites militares.
Em nova afronta à comunidade internacional, o governo russo anunciou na segunda-feira que realizará manobras militares. De acordo com um porta-voz do exército russo, as atividades não acontecerão em áreas próximas à fronteira da Ucrânia. A agência russa Interfax informou que 100 aeronaves do Exército russo, incluindo caças e bombardeiros, participarão dos exercícios. Os exercícios foram confirmados pelo Kremlin após os Estados Unidos e a União Europeia (UE) aprovarem na última semana mais uma rodada de sanções contra a economia de Moscou.
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Combates – Dois projéteis lançados de um avião ainda não identificado atingiram sem causar vítimas nesta madrugada uma zona industrial de Donetsk, onde acontecem os combates entre as forças de Kiev e os separatistas pró-Rússia. Apenas um dos dois projéteis explodiu, deixando uma cratera de quatro metros de diâmetro e 1,5 metro de profundidade em uma estrada, segundo as autoridades da cidade. “Os relatórios desta manhã indicam que nenhum avião de combate saiu em missão hoje”, informou o centro de imprensa das forças ucranianas.
Com exceção dos intensos bombardeios aéreos lançados em maio pelo exército ucraniano contra o aeroporto internacional localizado na periferia da cidade, controlado então pelos rebeldes pró-Rússia, trata-se do primeiro ataque aéreo contra Donetsk. No entanto, segundo autoridades locais, os combates já chegaram nesta terça aos bairros periféricos de Petrovski e Kirovski. Moradores relataram explosões, persistentes tiroteios e danos à infraestrutura local. Antes do conflito, a cidade de Donetsk era habitada por um milhão de pessoas, mas centenas de milhares já a abandonaram.
Pelo menos dezoito militares ucranianos e três civis morreram nas últimas 24 horas e vários edifícios, casas particulares, infraestrutura e edifícios públicos, entre eles um mercado de alimentos e uma escola, sofreram danos totais ou parciais pelo impacto de projéteis de artilharia. Kiev anunciou há dois dias uma iminente ofensiva contra Donetsk, capital da região homônima no leste ucraniano.
(Com agências Reuters e EFE)
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VEJA Mercado - quinta, 2 de maio
Moody’s melhora perspectiva para Brasil, o duro recado do Fed e entrevista com Luis Otávio Leal
A agência de classificação de riscos Moody’s mudou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para positiva. Em outras palavras, o país está mais próximo de ter sua nota de crédito melhorada. O Brasil está a duas revisões de obter o chamado grau de investimento, o que ajuda a atrair investimentos estrangeiros. O comitê do Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, se reuniu na quarta e decidiu manter as taxas de juros do país no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano. Jerome Powell, presidente do Fed, afirmou que altas de juros não fazem parte do cenário-base da instituição, mas falou em falta de progresso na busca pela meta de inflação de 2%. Diego Gimenes entrevista Luis Otávio Leal, economista-chefe da gestora G5 Partners, que comenta esses e outros assuntos.
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