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Otan expulsa sete diplomatas russos e nega credencial a outros três

Secretário-geral da organização afirma que ação “mandará mensagem clara à Rússia”

Por Da redação
Atualizado em 28 mar 2018, 19h01 - Publicado em 27 mar 2018, 18h07

A Aliança do Atlântico Norte (Otan) decidiu expulsar nesta terça-feira sete diplomatas russos e negar credencial a outros três, como parte da campanha internacional motivada pelo caso de envenenamento de um ex-agente duplo russo em solo inglês, informou seu secretário-geral, Jens Stoltenberg.

“Retirei hoje a credencial de sete pessoas da missão russa ante a Otan. Também vou negar os pedidos pendentes de outros três”, informou Stoltenberg à imprensa na sede da organização, em Bruxelas, capital da Bélgica. Com essa decisão, a missão russa passa de 30 membros para 20.

“Isso manda uma mensagem clara à Rússia de que há custos e consequências para sua forma de atuar, inaceitável e perigosa”, acrescentou o secretário-geral da Aliança do Atlântico Norte.

“Eu realmente acho que a Rússia subestimou a união dos aliados da Otan”, disse Stoltenberg. Desde a anexação da Crimeia em 2014, o secretário-geral da organização disse que a Otan construiu sua presença militar, aumentou os gastos com defesa e impôs sanções econômicas contra a Rússia.

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“A Rússia ainda terá uma missão diplomática perante a Otan. O seu tamanho será grande o suficiente para facilitar o diálogo político entre a Otan e a Rússia”, disse.

O Reino Unido considera o Kremlin responsável pelo envenenamento do ex-agente duplo, Sergei Skripal, e de sua filha, Yulia, com uma substância química de uso militar desenvolvida pela ex-União Soviética e de utilização proibida, a qual ataca o sistema nervoso central ao ser absorvida pela pele. O ataque ocorreu em 4 de março em Salisbury, sul da Inglaterra. Desde então Moscou vem trocando farpas com Londres e com aliados britânicos.

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Skripal e Yulia seguem em estado crítico. Uma terceira pessoa, um policial britânico que entrou em contato com a substância, também foi hospitalizada com menor grau de envenenamento e já foi liberado do hospital.

Na semana passada, líderes da UE respaldaram a posição britânica dizendo ser “altamente provável” que o Estado russo esteja por trás do envenenamento. Desde segunda-feira, 27 países decidiram expulsar mais de 140 diplomatas russos no total pelo escândalo Skripal.

As expulsões anunciadas por cada país até o momento:

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Europa

– Dezenove países da União Europeia (em azul no mapa acima) expulsaram 59 diplomatas russos: o Reino Unido expulsou 23 diplomatas russos; AlemanhaFrança e Polônia expulsaram quatro diplomatas cada; Lituânia e República Tcheca expulsaram três cada; dois diplomatas russos foram expulsos na Dinamarca, na Espanha, na Holanda, na Itália e na Romênia; e, por fim, Bélgica, CroáciaEstôniaFinlândiaHungria, Irlanda, Letônia e Suécia expulsaram um russo cada.

– Outros cinco países europeus expulsaram mais 20 diplomatas russos: Ucrânia (13 expulsos), Moldávia (3), Albânia (2), Macedônia (1) e Noruega (1).

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*No dia 28, Montenegro também anunciou a expulsão de 1 diplomata russo.

Diversos países da União Europeia informaram que ainda pretendem expulsar outros diplomatas enviados por Moscou, enquanto o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, falou que “não foram excluídas medidas adicionais” no âmbito da União nos próximos dias.

América do Norte

– O Canadá anunciou a expulsão de quatro diplomatas russos.

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– Os Estados Unidos irão expulsar 60 diplomatas da Rússia: como retaliação ao ataque contra Skripal, os americanos estão expulsando 48 diplomatas da Embaixada russa em Washington e 12 diplomatas da Missão da Rússia junto às Nações Unidas (ONU) em Nova York. Além disso, os americanos anunciaram o fechamento do Consulado-Geral da Rússia em Seattle, no noroeste do país, devido a sua proximidade à base da Boeing (que, além de aviões, produz equipamento militar) e de uma base de submarinos. Washington acusa os oficiais expulsos de terem realizado tarefas de inteligência sob o manto da imunidade diplomática.

Oceania

– A Austrália anunciou a expulsão de dois diplomatas russos.

(Com EFE)

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