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Otan dá a largada a cúpula nos EUA de olho em ameaça da Rússia e China

Os 32 membros da aliança militar, encabeçados por Washington, debatem como enfrentar Putin na Ucrânia e conter as ambições geopolíticas de Xi Jinping

Por Da Redação
Atualizado em 9 jul 2024, 19h26 - Publicado em 9 jul 2024, 09h43
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  • ARLINGTON, VIRGINIA - JULY 08: U.S. Secretary of Defense Lloyd Austin (R) meets with NATO Secretary General Jens Stoltenberg at the Pentagon on July 8, 2024 in Arlington, Virginia. NATO is holding its annual summit in Washington later this week to mark the 75th anniversary of its founding. Alex Wong/Getty Images/AFP (Photo by ALEX WONG / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
    O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin (dir.), reúne-se com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, no Pentágono, na véspera da cúpula anual da aliança militar em Washington. 09/07/2024 - (Alex Wong/Getty Images)

    A cúpula anual da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) começou nesta terça-feira, 9, em Washington, D.C., capital dos Estados Unidos, e vai durar até a quinta-feira, 11. Espera-se que os dois principais temas da reunião entre os 32 membros da aliança militar ocidental sejam a guerra na Ucrânia, e como enfrentar a Rússia de Vladimir Putin, bem como a ameaça do projeto de poder global do líder da China, Xi Jinping.

    A reunião ocorre em um momento histórico, mas precário, tanto para a aliança como para a nação anfitriã. A Otan está lidando com uma guerra em curso na Europa, vai trocar o secretário-geral Jens Stoltenberg, no cargo há 10 anos, por Mark Rutte, primeiro-ministro da Holanda, e está se preparando para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, que podem chacoalhar o grupo se Donald Trump retornar à Casa Branca.

    Guerra na Ucrânia

    Como resultado da guerra na Ucrânia, que incentivou a Finlândia e a Suécia a aderirem à Otan, a aliança é maior do que nunca e as tensões entre o Ocidente e a Rússia atingiram níveis nunca vistos desde a Guerra Fria. Manter o apoio a Kiev quase dois anos e meio depois do início da invasão será uma questão importante na agenda da cúpula – num conflito ainda sem fim à vista.

    Cada vez mais membros da aliança defendem que os ucranianos possam usar armas ocidentais contra o território russo, uma questão que deve ficar ainda mais quente depois do bombardeio a um imenso hospital infantil em Kiev na segunda-feira 8. E embora as ambições da Ucrânia de aderir à Otan devam ser discutidas no encontro, as hostilidades contínuas com a Rússia significam que isso não acontecerá tão cedo.

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    Biden sob os holofotes

    A questão da idade também será um tema particularmente importante na cúpula. Por um lado, a Otan completou 75 anos este ano e a aliança deve alardear a sua longevidade – sobreviveu à União Soviética e tem uma nova relevância à medida que o Ocidente procura confrontar as ambições não apenas de Moscou, mas também de Pequim.

    Entretanto, o presidente americano, Joe Biden, deve usar o palco para tentar convencer os líderes mundiais de que – apesar de ser mais velho do que a aliança, aos 81 anos – ainda é capaz de liderar o país mais poderoso do planeta.

    Há duas semanas, o desempenho desastroso de Biden num debate presidencial contra o ex-presidente Donald Trump lançou sua campanha no caos, e crescem os apelos para que ele desista da corrida. O chefe da Casa Branca, que enviou na segunda-feira uma carta aos democratas do Congresso reafirmando seu compromisso com a reeleição, tentará oferecer um bom espetáculo e provar seus críticos errados durante a cúpula.

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    Futuro incerto

    Juntamente com o estado cognitivo de Biden, o fantasma de Trump também pairará sobre a reunião. Durante sua presidência, as duras críticas do republicano à Otan, bem como sua política externa isolacionista, desestabilizaram o grupo. Ele também disse repetidamente que se opõe ao envio de auxílio militar e financeiro à Ucrânia, e afirmou que os Estados Unidos não se importarão em defender os membros da aliança que não cumprirem suas metas de investimento na área de defesa – sugerindo que Putin poderia “fazer o que quiser” com eles.

    Não há dúvidas de que a cúpula irá fomentar inúmeras conversas sobre como a aliança pode “proteger-se” de Trump no caso de ele ser reeleito.

    Os Estados Unidos são há muito o membro mais poderoso e influente da Otan, mas a sua política caótica nos últimos anos levou alguns membros da aliança a questionarem isso. Líderes como o presidente francês, Emmanuel Macron, já declararam abertamente que a Europa já não pode contar com Washington para a sua segurança.

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