ONU reforça pedido por libertação de opositor venezuelano
Dias depois de a Venezuela ser eleita para o Conselho de Segurança da organização, alto comissário de direitos humanos exige libertação de Leopoldo López
Por Da Redação
20 out 2014, 18h23
O alto comissário para os direitos humanos da ONU, Zeid Ra’ad Hussein, reforçou nesta segunda-feira o apelo para que o chefe do partido de oposição Vontade Popular, Leopoldo López, seja libertado de forma imediata na Venezuela. O Grupo de Trabalho sobre Detenções Arbitrárias do Conselho de Direitos Humanos da ONU já havia divulgado uma resolução referente à situação de López. O documento foi rejeitado pelas autoridades venezuelanas.
López foi preso no dia 18 de fevereiro ao dar respaldo e voz aos estudantes que foram protestar pacificamente contra o governo em Caracas e em outras cidades. Civil, ele foi levado a uma prisão militar, na qual é mantido até hoje. Acusado de incitar a violência, entre outros crimes, ele poderá pegar até 10 anos de prisão, caso seja condenado. Além de López, a resolução da ONU exige a libertação de outras 69 pessoas presas de forma arbitrária no primeiro semestre de 2014.
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“Exorto as autoridades venezuelanas a atuar de acordo com as opiniões do grupo de trabalho e a liberar imediatamente os senhores López e Ceballos, e todos os detidos por exercer seu legítimo direito a expressar-se e protestar pacificamente”, afirmou Hussein, em comunicado. “A prolongada e arbitrária detenção de opositores políticos e manifestantes na Venezuela está causando cada vez mais preocupação internacional”, acrescentou. Daniel Ceballos, ex-prefeito de San Cristóbal e companheiro de partido de López, foi preso em março, acusado de “instigar rebelião”.
Conselho de Segurança – A manifestação do alto comissário ocorre dias depois de a Venezuela ter sido eleita para fazer parte, como membro não permanente, do Conselho de Segurança. A escolha foi vendida pelo presidente Nicolás Maduro como um “respaldo” dos países da ONU ao país. A Venezuela deverá usar suas intervenções no órgão que zela pela segurança mundial mais como um palanque, como indicou a nomeação da filha de Chávez, Gabriela, para transmitir “a voz do comandante para os povos do mundo”. A candidatura também foi o tema do discurso de Maduro na Assembleia Geral, em setembro.
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