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ONU denuncia onda de terror contra população civil na Síria

Por Da Redação
8 fev 2012, 10h27

Genebra, 8 fev (EFE).- A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, denunciou nesta quarta-feira uma onda de terror na Síria, com o contínuo ataque à cidade de Homs e o uso de artilharia pesada – morteiros, foguetes, tanques e até helicópteros – contra a população civil.

Pillay insistiu na ‘extrema urgência’ de que os países rompam seus laços políticos com o regime de Bashar Al Assad, como fizeram recentemente os da União Europeia (UE), do Golfo Pérsico e os Estados Unidos.

Além disso, fez um apelo para que tomem medidas ‘efetivas’ para proteger o povo sírio.

A alta comissária considerou que o último fracasso do Conselho de Segurança da ONU em condenar e acertar sanções contra o regime sírio ‘parece ter aumentado a disposição do governo de massacrar seu próprio povo para esmagar a dissidência’.

O Conselho de Segurança abordou em três ocasiões a situação na Síria, mas foi incapaz de adotar medidas concretas devido à oposição de Rússia e China, que afirmam que seria uma ingerência nos assuntos internos do país.

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Pillay reiterou através de um comunicado que há elementos para afirmar que estão sendo cometidos crimes contra a humanidade na Síria.

A ONU conta com informações que indicam que os hospitais, que já faziam esforços para atender a uma grande quantidade de feridos nas últimas semanas, agora estão simplesmente saturados ou são inacessíveis, motivo pelo qual o povo precisou abrir hospitais de campanha em Homs.

Por esta razão, Pillay disse que além das violações dos direitos humanos a forte deterioração da situação humanitária na Síria a preocupa, sobretudo em Homs, berço da rebelião e onde importantes áreas foram isoladas pelas forças de segurança por longos períodos.

Sem se atrever a estimar um número de mortos – o último balanço fornecido pela ONU há um mês indicava mais de 5,4 mil mortos -, Pillay disse que a natureza e o alcance das violações é tanto que pode equivaler a crimes contra a humanidade.

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Para estes últimos, lembrou, não existe prescrição do delito e ‘haverá esforços durante o tempo que for necessário para fazer justiça às vítimas’.

Em agosto e dezembro passados, a alta comissária pediu ao Conselho de Segurança da ONU que remetesse o caso da Síria ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

O que há 11 meses começou com protestos pacíficos que pediam abertura democrática e mais liberdades na Síria, se transformou em um banho de sangue que a comunidade internacional não foi capaz de deter nem avaliar em sua exata dimensão pela impossibilidade que a imprensa e as organizações internacionais e civis têm de entrar no país. EFE

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