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Onda de violência em Gaza: 16 palestinos mortos, 100 foguetes contra Israel

Por Por Sakher ABOU ELOUN
10 mar 2012, 21h39

A eliminação do chefe de um grupo radical palestino, atingido na sexta-feira por um ataque aéreo israelense, desencadeou uma nova onda de violência, marcada pela morte de 16 palestinos em Gaza e pelos disparos de foguetes em direção a Israel.

A mais recente vítima, também palestina, morreu na madrugada deste domingo, durante nova operação na Faixa de Gaza, segundo fontes médicas.

O movimento Hamas, no poder em Gaza, e o Egito intensificaram os contatos no sábado, para tentar estabelecer uma trégua tácita com Israel e pôr um fim à violência, declarou à AFP um porta-voz do Hamas, Taher el- Nounou.

Três palestinos que circulavam de moto tinham sido mortos sábado em dois novos ataques aéreos israelenses no sul da Faixa de Gaza.

Foram as 24 horas mais violentas em Gaza desde a ofensiva israelense “Chumbo Grosso” durante o inverno 2008-2009, segundo fontes palestinas.

Em Israel, de acordo com o o Exército, mais de 90 foguetes e obuses “de todos os tipos” caíram em 24 horas em seu território.

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Por sua vez, o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, citado pela rádio pública, considerou que a violência poderia ainda “durar pelo menos um ou dois dias”.

Tudo começou quando pelo menos quatro pessoas – sendo três trabalhadores agrícolas tailandeses, de acordo com a imprensa – ficaram feridas por projéteis no setor de Eshkol (sul), informaram os serviços de segurança israelenses.

Em represália, a aviação israelense lançou ataques contra “alvos terroristas”. De acordo com um comunicado militar, o sistema de defesa antimísseis Iron Dome (Cúpula de Ferro) interceptou dez foguetes Grad lançados sobre as cidades de Beersheva, Ashdod e Ashkelon (sul de Israel).

As autoridades pediram à população local que ficasse próxima a abrigos. As partidas de futebol foram canceladas neste sábado no sul do país.

A União Europeia manifestou preocupação e exortou todas as partes a “evitar a escalada” e a “restabelecer a calma”.

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Esta onda de violência ocorre após a eliminação do secretário-geral dos Comitês de Resistência Popular, Zuheir al-Qaissi, e de um outro alto membro dos CRP, Mahmud Hanani, mortos na sexta-feira à tarde por um ataque israelense no oeste da Cidade de Gaza.

Dez membros das Brigadas Al-Qods, braço armado de um outro movimento radical, a Jihad Islâmica, foram mortos em ataques aéreos –um em pleno centro da Cidade de Gaza, segundo esta organização.

Milhares de moradores de Gaza assistiram aos funerais neste sábado, jurando vingar “os mártires”, principalmente em Rafah (sul), reduto dos CRP. Quatro pessoas ficaram feridas por tiros disparados por policiais israelenses durante as cerimônias em um cemitério no leste da Cidade de Gaza, próximo à fronteira com Israel, segundo fontes de segurança locais.

As Brigadas de Mártires de Al-Aqsa, grupo ligado ao movimento Fatah do presidente Mahmud Abbas, e as Brigadas Al-Qods da Jihad Islâmica reivindicaram a maioria dos disparos contra Israel na sexta-feira.

O braço armado deste grupo, as Brigadas Al-Nasser Salaheddine, ameaçou Israel com uma “resposta-relâmpago” após a morte de seu líder.

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