Onda de explosões deixa mais de 70 mortos em Bagdá
Nenhum grupo assumiu responsabilidade pelos ataques, mas suspeita recai sobre insurgentes sunitas ligados ao braço iraquiano da Al Qaeda
Os conflitos étnicos no Iraque deixaram mais de 70 mortos nesta segunda-feira, na capital Bagdá. Mais de 12 explosões destruíram áreas xiitas da capital e deixaram mais de 180 feridos. Em todo o país, foram 19 ataques. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos atentados, mas insurgentes sunitas ligados ao braço iraquiano da rede terrorista Al Qaeda aumentaram o número de ataques este ano, tendo como alvo distritos xiitas.
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Na semana passada, o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, ordenou que sejam realizadas mudanças na área de segurança para responder à onda de violência que ocorre em meio à tensão entre seu governo xiita sectário que incrementa o cerco em torno dos sunitas, que são minoria no país. As tensões entre os diferentes grupos étnicos aumentaram com a retirada das tropas americanas, em dezembro de 2011 – o país vive o período mais violento desde a guerra civil que se seguiu à invasão americana em 2003. A guerra civil síria também vem contribuindo para o desequilíbrio da situação sectária do país.
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Mais de 700 pessoas foram mortas no Iraque em abril, segundo as Nações Unidas – o maior número para um mês em quase cinco anos. O número de mortes registradas em maio até agora já supera 500 pessoas.
(Com agências Reuters e France-Presse)