O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) tenta novamente nesta sexta-feira, após quatro sessões infrutíferas e dois ultimatos, de 48 e 24 horas, respectivamente, chegar a um acordo no conflito limítrofe entre Costa Rica e Nicarágua.
Na quinta-feira, o órgão decidiu, a pedido dos países da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), adiar de novo a sessão extraordinária que trata, desde o dia 3, de buscar uma para a crise entre os dois países.
A nova reunião está marcada para as 18h desta sexta-feira (horário de Brasília).
A Costa Rica decidiu nesta quinta-feira dar uma “oportunidade adicional à paz de 24 horas” para que a Nicarágua retire suas tropas, advertindo que se trata de seu ultimato derradeiro e que, se Manágua não ceder, convocará os chanceleres para pedir, inclusive, a suspensão do país vizinho na OEA.
A disputa teve início no dia 21 de outubro, com a dragagem do rio San Juan e a presença de militares nicaraguenses em uma região da Ilha Calero.
A Aladi solicitou o adiamento porque acredita ser “muito importante realizar gestões adicionais que permitam que as duas partes cheguem a um acordo e a uma solução pacífica”.
O chanceler da Costa Rica, René Castro, indicou que seu país defenderá “sua soberania com os mecanismos que tem às mãos”.
“Não hesitaremos em chegar a esse nível (pedir a suspensão da Nicarágua) se for necessário”, afirmou, embora tenha admitido que seria uma solução “muito triste”.
(com Agência EFE)