A Organização dos Estados Americanos (OEA) abrirá neste domingo o 42º ciclo de sessões de sua assembleia geral com o tema da segurança alimentar dominando a agenda, mas com um amplo debate sobre as reformas na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) como pano de fundo.
A Tiquipaya, localizada a 2.500m de altitude, começaram a chegar hoje chanceleres, embaixadores e chefes de missão, mas ainda não há uma lista oficial dos participantes dos 34 países que formam a OEA.
Várias nações pedem a reforma da CIDH, irritadas com suas decisões, como o Equador com o caso do presidente Rafael Correa contra o jornal “El Universo”, e o Peru com o caso dos guerrilheiros mortos na invasão à residência do embaixador do Japão, em 1997.
A Venezuela anunciou sua retirada da CIDH, alegando que o órgão é influenciado por interesses americanos em atacar seu governo. Já outros países, como Estados Unidos e Canadá, vêm se mantendo em alerta contra o enfraquecimento do sistema interamericano de direitos humanos, formado pela CIDH e a Corte Interamericana.
“Não falamos especificamente em reformas, e sim em fortalecimento, porque não queremos dar a impressão de que serão reduzidas ou eliminadas determinadas atribuições de algum dos órgãos do sistema”, assinalou o secretário-geral da OEA, o chileno José Miguel Insulza, em entrevista coletiva ao lado do chanceler anfitrião do encontro, David Choquehuanca.