Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O que esperar do encontro entre Lula e Joe Biden

Líder brasileiro se reúne com presidente dos EUA nesta quarta-feira, após discurso do petista na ONU criticar países ricos pela desigualdade do mundo

Por Amanda Péchy
Atualizado em 20 set 2023, 09h00 - Publicado em 20 set 2023, 08h49

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu homólogo dos Estados Unidos, Joe Biden, se reunirão nesta quarta-feira, 20, às 14h, em Nova York. A expectativa em relação à bilateral, que ocorre às margens da Assembleia-Geral das Nações Unidas, é que os dois líderes devem dar foco aos seus pontos de concordância, como a questão climática e uma nova parceria na área do trabalho, e deixar de lado os pontos de atrito – como a guerra na Ucrânia.

Após a reunião, ambos devem anunciar a Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras, que, segundo o Planalto, pretende promover o “trabalho digno” em colaboração com os Estados Unidos.

“É a primeira vez em mais de 500 anos da história do Brasil em que você senta com o presidente da República americano, em igualdade de condições, para discutir um problema crônico, que é a questão da precarização do mundo do trabalho”, afirmou o Lula.

Os dois países vão trabalhar em estreita colaboração com parceiros sindicais do Brasil e dos Estados Unidos, e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Outros países e parceiros globais devem se envolver na inciativa.

As atividades conjuntas, segundo o Planalto, têm como objetivo ampliar o conhecimento do público sobre os direitos trabalhistas e capacitá-lo para defendê-los, garantir que a transição à chamada economia verde – ou de carbono zero – proporcione oportunidades de bons empregos, aumentar a importância dos trabalhadores em instituições multilaterais como o G20 e as COPs, criar leis para proteger os direitos trabalhistas nas plataformas digitais e, por fim, envolver parceiros do setor privado para criar empregos nas principais cadeias de produção.

Continua após a publicidade

O governo brasileiro tem esperança de que, por meio da parceria, seja possível fortalecer e expandir ainda mais cooperação bilateral existente com os Estados Unidos.

A atmosfera deve ser semelhante à de uma reunião entre Biden e Lula em Washington, no início do ano. Na conversa, o presidente brasileiro, de seu lado, trilhou uma agenda sem grandes polêmicas, focada em ambiente e democracia. O anúncio de que os Estados Unidos passariam a contribuir com o Fundo Amazônia foi um gol diplomático e a menção a duas datas de insurreição por turbas da extrema direita — 6 de janeiro de 2021, quando o Congresso americano foi invadido, e 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas depredaram Câmara, Senado e STF — favoreceu um clima de identificação entre os dois mandatários.

No entanto, paira sobre os dois a questão da guerra na Ucrânia. Enquanto os Estados Unidos de Biden se tornaram os principais doadores de armas para Kiev se defender das forças russas, incentivando que todo o “mundo democrático” faça o mesmo, Lula prefere trilhar um caminho de não alinhamento, defendendo nem um nem outro lado, mas “a paz”. Também nesta quarta, o petista se encontrará com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após meses de desencontros. Resta ver o que sairá da sala de reuniões – onde o clima deve ficar longe da plena identificação.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.