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O que é o ‘ciclone-bomba’ que atingiu os EUA neste Natal

Condição climática criou o inverno mais frio 'em uma geração inteira', e seus ventos intensos deixaram mais de 1 milhão de pessoas sem eletricidade

Por Da Redação
23 dez 2022, 15h15

A tempestade que atingiu diversas regiões do Estados Unidos e Canadá nesta semana, atingindo temperaturas de -57ºC na quinta-feira 22, é tão intensa que meteorologistas chamam o fenômeno de “ciclone-bomba”. Apesar de não ser raro, a situação que se desenvolve atualmente no continente é uma das mais intensas já registradas na história. 

O ciclone-bomba é caracterizado por um intenso temporal, formado quando uma massa de ar de baixa pressão se encontra com uma de alta pressão, criando ventos fortes. Porém, o que define um ciclone-bomba é a rapidez com que a pressão cai – no caso, ao menos 24 milibares (unidade de pressão) em 24 horas.

+ Tempestade de inverno traz Natal mais frio da história dos EUA

A diferença de pressão das duas massas de ar é responsável por tornar os ventos mais fortes. O ciclone-bomba surge a partir de um processo de rápida intensificação chamado de bombogênese. 

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À medida que o ar sopra, a rotação da Terra cria um efeito ciclone, que no Hemisfério Norte é anti-horário. Segundo o porta-voz do Serviço Nacional de Meteorologia, John Moore, a tempestade foi formada sobre os Grande Lagos, que ficam na fronteira com o Canadá, onde o ar gelado do Ártico do vórtice polar se encontrou com o ar quente vindo da leste.

Moore afirmou que a pressão do ar na região caiu para cerca de 862 milibares. Em contraste, o número chegou a 1047 milibares na massa de alta pressão, o que ele caracterizou como “uma diferença aguda”.

Quando as duas massas de ar se encontraram, a frente ártica se moveu para norte e para o leste, arrastando consigo as condições da bombogênese. No entanto, quando o ar do Ártico se espalhar pela maior parte do país, ele vai se aquecer e reduzir a pressão, dissipando a tempestade.

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+ Tempestade de inverno atinge leste dos EUA e coloca milhões sob alerta

De acordo com Moore, a previsão indica que, na próxima semana, a temperatura estará acima da média na maior parte do país. 

O Serviço Nacional de Meteorologia, que considerou o evento climático como “único em uma geração inteira”, afirmou que, neste fim de semana, as temperaturas devem chegar a até -45ºC em algumas regiões. Até o momento, 3.400 voos foram cancelados e mais de 1 milhão de pessoas estão sem energia elétrica.

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