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O fim das neves do Kilimanjaro: ONU prevê mudanças drásticas na África

Novo relatório das Nações Unidas descreve impactos sem precedentes do aquecimento global no continente

Por Ernesto Neves Atualizado em 20 out 2021, 17h25 - Publicado em 20 out 2021, 17h07
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  • As últimas três geleiras da África estão retrocedendo num ritmo tão rápido que podem desaparecer em duas décadas, segundo constatação feita por um relatório da ONU divulgado nesta quarta-feira (20).

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    Os impactos, afirma o estudo, são particularmente graves no Monte Kilimanjaro, o mais alto do continente, com 5.900 metros de altitude, na Tanzânia.

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    A visão monumental  do monte coberto de branco é parte do folclore africano, e serviu de inspiração para o conto “As neves do Kilimanjaro”,  de Ernest Hemingway. 

    Encontradas no Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, Monte Quênia, no Quênia e nas montanhas Rwenzori, na fronteira com Uganda e a República Democrática do Congo, as geleiras estão em recuo acelerados há anos.

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    “O rápido encolhimento das últimas geleiras remanescentes na África oriental, que devem derreter inteiramente em um futuro próximo, sinaliza a ameaça de uma mudança iminente e irreversível para o sistema terrestre”, disse o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Taalas, em trecho do estudo.

    Apesar de contribuírem com apenas 4% das emissões globais de gases do efeito estufa, as nações africanas serão gravemente afetadas pela subida nos termômetros.

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    O relatório alerta que se nada for feito para conter o aquecimento do clima, até 2030 118 milhões de pessoas estarão expostas à seca, inundações e calor extremo no continente. 

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    O estudo destaca ainda que na ilha de Madagascar, na África Oriental, há em andamento o que pode ser chamado de primeira “fome climática”.

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    Cerca de 500.000 pessoas estão estão em situação de grave insegurança alimentar e outras 800.000 correm  risco de serem atingidas pela crise fomentada pelo clima cada vez mais seco.

    Ainda segundo o texto, em 2020 o clima africano foi caracterizado pelo “aquecimento contínuo das temperaturas, aumento acelerado do nível do mar, condições meteorológicas extremas e eventos climáticos, como inundações, deslizamentos de terra e secas, e impactos devastadores associados”. 

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