O número de mortos por um enorme ataque suicida em Bagdá no fim de semana chegou a 250, informou o Ministério da Saúde do Iraque nesta terça-feira.
O ataque, reivindicado por militantes do Estado Islâmico, foi o mais mortífero dos muitos atentados com carros-bomba em Bagdá desde a invasão liderada pelos Estados Unidos em 2003. Um caminhão-bomba explodiu pouco depois da meia-noite (madrugada de domingo pelo horário de Brasília) em uma área comercial lotada no distrito central de Karada. Além dos mais de 200 mortos, centenas de pessoas ficaram feridas.
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Karada é uma importante área comercial com lojas de roupas e joias, restaurantes e cafés, e estava lotada de clientes com a proximidade do feriado de Eid al-Fitr, na quarta-feira, que marca o fim do Ramadã. A maioria das vítimas estava dentro de um shopping de vários andares, onde dezenas de pessoas morreram queimadas ou sufocadas, segundo a polícia.
O atentado ocorreu na sequência de uma série de vitórias do governo iraquiano contra os extremistas, incluindo a captura de Fallujah.
Renúncia – Nesta terça, o ministro iraquiano do Interior, Mohammed Al Ghabban, apresentou sua demissão ao primeiro-ministro Haider al Abadi, dois dias depois do atentado. “Eu apresentei a minha renúncia ao primeiro-ministro”, anunciou Mohammed Al-Ghabbane durante uma coletiva de imprensa, reconhecendo falhas nas medidas de segurança na capital.
(Com Reuters)