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Novo diálogo em uma semana

Por Da Redação
13 jul 2009, 19h26

Honduras começa esta segunda-feira sem o toque de recolher que vigorava desde a queda do presidente Manuel Zelaya, suspenso no domingo pelo governo interino, enquanto o presidente costarriquenho Oscar Arias anunciou que retomaria a mediação entre as duas partes da crise política hondurenha dentro de uma semana.

Arias disse no domingo, em San José, que espera convocar um novo encontro entre representantes de Zelaya e do presidente interino Roberto Micheletti dentro de aproximadamente oito dias. A primeira reunião terminou na sexta-feira sem nenhum compromisso concreto.

A mediação de Arias, apoiada pelos Estados Unidos, foi criticada no domingo pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, para quem a única solução aceitável para Honduras é a restituição de Zelaya. Chávez também denunciou que uma equipe do canal Telesur foi ameaçada de morte e precisou deixar o país, o que ocorreu na tarde de domingo.

Jornalistas da Telesur e da emissora venezuelana VTV foram detidos por quatro horas até a madrugada de domingo. Segundo a polícia, a prisão foi punição por um roubo, mas os jornalistas afirmam que foi uma tentativa de amedrontá-los.

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Vários oficiais da Imigração, acompanhados por policiais armados e encapuzados, percorreram vários hotéis de Tegucigalpa, capital hondurenha, para checar a situação migratória de jornalistas estrangeiros.

Apesar destes incidentes, as atividades na capital pareciam retornar a uma relativa normalidade depois de duas semanas de tensão, com o comércio aberto e pessoas circulando pelas ruas. “A única coisa que queremos é que a situação se normalize o mais cedo possível”, disse Ernestina Núñez, que trabalha em uma loja de artesanato.

Enquanto isso, a pressão internacional cresce sobre Micheletti e seu governo, com apelos pelo restabelecimento imediato da ordem constitucional e o congelamento de fundos de ajuda por parte de organismos multilaterais de crédito como o FMI.

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“A suspensão da ajuda internacional é gravíssima, porque cerca de um terço do Orçamento Nacional – aproximadamente 1,5 bilhão de dólares – dependem de ajuda bilateral e multilateral”, declarou o economista Nelson Avila, ex-assessor de Zelaya.

O economista Martín Barahona, ex-presidente do Colégio de Economistas de Honduras, advertiu por sua vez que o país só “tem capacidade de se sustentar de forma autônoma por mais quatro ou cinco meses”.

“Nas atuais condições, é impossível que um governo consiga resistir por mais de seis meses”, concordou Wilfredo Girón, professor de Economia da Universidade Nacional Autônoma de Honduras.

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(Com agência France-Presse)

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