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Nova onda de violência na Nicarágua deixa 11 mortos e 79 feridos

Apesar de protestos e pedidos de impeachment, Daniel Ortega afirma que permanecerá à frente do governo

Por Da Redação
31 Maio 2018, 12h12

Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 79 ficaram feridas nos ataques ocorridos entre quarta-feira e hoje (31) na Nicarágua, durante as manifestações em favor e contrárias ao governo de Daniel Ortega, informou o Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh).

“O resultado deste fato criminoso, ao fechamento deste primeiro comunicado, deixou um total de 79 feridos e 11 mortos”, indicou a organização humanitária em um relatório preliminar.

Durante uma marcha em Manágua, capital da Nicarágua, na quarta-feira (30) um tiroteio deixou pelo menos duas pessoas mortas e 12 feridas nas imediações da Universidade Centroamericana (UCA).

O ataque ocorreu enquanto as mulheres que perderam seus filhos em manifestações contra o presidente Daniel Ortega agradeciam os nicaraguenses acompanharam a caminhada desta quarta por causa do Dia das Mães.

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Testemunhas do tiroteio afirmaram que o ataque foi cometido por agentes da polícia vestidos de civil e tropas de choque conhecidas como “mobs”, que aguardavam os manifestantes ao lado da marcha.

Manifestante usa máscara de palhaço em frente à estação de rádio Sandinista queimada durante confrontos com a polícia de choque em Manágua, Nicarágua – 30/05/2018 (Oswaldo Rivas/Reuters)

O governo da Nicarágua também denunciou um ataque por parte de “grupos de vândalos da direita golpista” a uma caravana sandinista que dirigia-se para Manágua com o objetivo de participar de uma manifestação convocada pelo próprio governo.

Em declarações aos veículos de imprensa oficiais, o prefeito de Estelí, Francisco Valenzuela, afirmou que esta agressão foi cometida “com pedras, morteiros e armas de fogo”, e afirmou que uma pessoa morreu e outras 22 ficaram feridas.

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Presidência

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, afirmou na quarta-feira que permanecerá à frente do governo, em um discurso para milhares de partidários em Manágua, apesar dos pedidos de impeachment.

“A Nicarágua é de todos e vamos ficar todos aqui”, disse Ortega durante uma grande concentração no norte da capital. O presidente assinalou que após décadas de conflito “a paz chegou, mas foi um caminho longo” e é preciso defendê-la.

“A Nicarágua não é propriedade privada de ninguém. A Nicarágua é de todos os nicaraguenses, independentemente dos nossos pensamentos políticos, religiosos e ideológicos. Deus deu esta terra a todos os nicaraguenses”, disse Ortega, no poder desde 2007.

A onda de protestos na Nicarágua, deflagrada pelo reforma da Previdência promovida pelo governo, já deixou 92 mortos e mais de 880 feridos desde abril.

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(Com EFE e AFP)

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