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Nova bomba de longo alcance da Boeing é enviada para Ucrânia, diz agência

Dispositivos permitirão que tropas ucranianas ataquem alvos russos a uma distância duas vezes maior do que as dos foguetes em uso

Por Da Redação
31 jan 2024, 11h25

A Ucrânia receberá o primeiro lote de mísseis de longo alcance fabricados pela Boeing, empresa americana de desenvolvimento aeroespacial e defesa. A informação foi divulgada na terça-feira, 30, pela agência de notícias Reuters, que citou duas fontes não identificadas relacionadas ao assunto. As bombas, chamadas de Ground Launched Small Diameter Bomb (GLSDB), devem chegar ainda nesta quarta-feira, acrescentou o jornal americano Politico.

Os novos dispositivos permitirão que as tropas ucranianas ataquem alvos russos a uma distância duas vezes maior do que as dos foguetes em uso, fornecidos pelos Estados Unidos. Com 160 quilômetros de alcance, o Sistema de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS), dos EUA, foi utilizado pela primeira vez em 18 de outubro do ano passado, poucos dias após sua entrega, para atingir duas bases aéreas em regiões ocupadas por Moscou. Mas, sob justificativas de impedir o agravamento do conflito, Washington proibiu que o equipamento fosse lançado dentro do território da Rússia.

A chegada da remessa da Boeing, então, ampliará o limitado estoque de mísseis de Kiev. Os militares ucranianos disparam bombas direto do Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS), também doado pelos EUA, para forçar a Rússia a bater em retirada das linhas de frente.

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Testes e envio

O financiamento para a produção das GLSDB foi aprovado em fevereiro do ano passado, tendo o contrato para início da fabricação sido assinado no mês seguinte, de acordo com a Reuters. Os testes teriam sido realizados em 16 de janeiro no campo de testes da Base Aérea de Eglin, na Flórida. Seis mísseis teriam sido disparados como parte do teste matinal sobre o Golfo do México, recebendo o aval do Pentágono. Segundo fontes da Reuters, lançadores e centenas de ogivas foram transportados por aviões para a Ucrânia.

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As recém-construídas bombas planadoras não são tão poderosas, mas são mais baratas, menores e mais fáceis de implantar quando comparadas às ATACMS. Como consequência, são de extremo interesse dos militares ucranianos para avançar no plano de interromper as operações russas e abrir espaço para uma vantagem táctica.

“Já passou da hora de encontrar meios criativos para fornecer a capacidade e a capacidade necessárias para atacar profundamente e muitas vezes atrás das linhas russas”, disse Tom Karako, especialista em armas e segurança do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, à Reuters. 

Como os pagamentos já foram realizados, o fornecimento dos foguetes foge da recente disputa no Congresso americano, com Biden sob pressão de republicanos linha-dura para instaurar um austero cortes de gastos que inclui o fim da ajuda extra à administração de Volodymyr Zelensky. O embate legislativo colocou o governo americano em maus-lençóis, quase instaurando um “shutdown”, ou seja, o fechamento temporário de diversas pastas devido à inabilidade dos congressistas em chegar a uma conclusão sobre o novo ano orçamentário.

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