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Nossa língua é feita de democracia, diz presidente de Portugal

Marcelo Rebelo de Sousa e outras autoridades participaram da inauguração do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
31 jul 2021, 14h19

Durante a inauguração do Museu da Língua Portuguesa neste sábado, 31, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu a liberdade dos falantes do idioma de adotarem ou não o Acordo Ortográfico de 1990. Ressaltou ainda a importância do investimento no futuro da língua.

“Nossa língua é feita de democracia no falar e no escrever”, afirmou Rebelo de Sousa, ao ser questionado sobre o tema em uma coletiva com jornalistas após a inauguração. “É livre a opinião sobre o acordo e adotar ou não”.

Portugal é um dos países signatários do acordo de 1990, assim como o Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Apesar da adoção das novas regras ortográficas pelo governo em 2015, muitos portugueses ainda não adotam as mudanças em seu dia a dia e escritores e especialistas fazem coro contra as adaptações.

“Não há nenhuma guerra entre Portugal e Brasil nesse e em nenhum outro domínio. Simplesmente em Portugal há democracia, e portanto é livre a opinião sobre o acordo e é livre adotar ou não o acordo”, disse o presidente.

Rabelo de Sousa ainda foi questionado sobre a ausência do presidente do Jair Bolsonaro no evento de inauguração, apesar de ter sido convidado oficialmente pelo governador de São Paulo, João Doria. O português afirmou apenas que está feliz por fazer parte de uma ação que “pensa no futuro”

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“Eu só respondo por Portugal”, disse. “Eu gosto muito de um ditado da região portuguesa do Minho que diz que ‘dança quem está na roda’. Eu estou nesta roda e estou feliz de estar nesta dança, porque é uma dança que pensa no futuro”.

Doria, por sua vez, afirmou que “infelizmente ele [presidente Jair Bolsonaro] preferiu passear de motocicleta em Presidente Prudente” ao invés de comparecer ao evento. O líder brasileiro pegou um voo para a cidade do interior paulista neste sábado e participou de uma carreata ao lado de apoiadores.

O governador de São Paulo ainda usou o momento para criticar o gerenciamento do aparelho cultural brasileiro pela gestão Bolsonaro. “Nós cuidamos melhor da cultura do que o governo federal”, disse, ao ser questionado sobre o incêndio na Cinemateca de São Paulo na última quinta-feira 29.

Após o incidente, a Secretaria Especial da Cultura do governo federal publicou um edital para seleção de entidade privada sem fins lucrativos para gerir as atividades da instituição pelos próximos cinco anos.

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Quando era prefeito de São Paulo, Doria afirmou ter pedido a transferência da Cinemateca para a administração municipal, mas não teve resposta da União. Neste sábado, o atual prefeito Ricardo Nunes afirmou que sua gestão já renovou a solicitação.

O secretário estadual de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, afirmou que o governo do estado fará seu próprio pedido para gerenciar a instituição.

Além da inauguração do museu, Marcelo Rebelo Sousa tem marcados em sua agenda no Brasil encontros com autoridades locais. O presidente já encontrou de forma privada os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer. No domingo segue para Brasília, onde terá reuniões com o presidente Jair Bolsonaro e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

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