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Navio Costa Concordia começa a ser desvirado na próxima semana

Operação de resgate de transatlântico vai custar mais de 300 milhões de dólares

Por Da Redação
12 set 2013, 18h09

Os trabalhos para desvirar o transatlântico Costa Concordia devem finalmente começar na próxima segunda-feira. A embarcação de 114.500 toneladas, 57 metros de altura e 290 metros de comprimento está parcialmente submersa perto da ilha de Giglio, no oeste da Itália, desde janeiro de 2012, quando naufragou após se aproximar da costa e bater em uma rocha. O navio transportava mais de 4.200 pessoas no dia do desastre que provocou trinta mortes – duas pessoas ficaram desaparecidas.

A operação faz parte de um projeto de mais de 300 milhões de dólares (cerca de 680 milhões de reais) e vai representar um desafio inédito para os engenheiros envolvidos, já que algo parecido nunca foi feito com um navio de tal porte. Centenas de curiosos viajaram até a ilha de Giglio para acompanhar os trabalhos.

Operação – Um complexo sistema de cabos de aço, guindastes e tanques de água será usado para desvirar o navio. Engenheiros ouvidos pelo jornal inglês Daily Telegraph disseram que a operação vai ser realizada o mais lentamente possível para evitar que o casco do navio se parta em vários pedaços. Segundo a publicação, o processo envolverá 30.000 toneladas de aço, quantidade suficiente para construir quatro réplicas da Torre Eiffel. Depois de desvirado, o Costa Concordia deverá ser estabilizado sobre uma plataforma subaquática gigante feita de vigas de aço e mais de 1.000 sacos de cimento..

A etapa seguinte, quando o navio será esvaziado e puxado para fora da água, deverá ocorrer somente no ano que vem. Se tudo der certo, o navio então será rebocado para um porto. O Costa Concordia então irá para um ferro velho, onde o casco será desmanchado e depois vendido como sucata, segundo informou a rede americana CNN.

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Desastre – O naufrágio ocorreu na noite de 13 de janeiro de 2012. O capitão do navio, Francesco Schettino, foi apontado como um dos principais responsáveis. Ele está sendo julgado por uma corte italiana. Além de ser acusado de se aproximar demais da costa, provocando o choque, o capitão ainda deixou o navio antes que todos os tripulantes e passageiros fossem salvos. Um áudio em que o comandante Gregorio Maria De Falco, da Capitania dos Portos de Livorno, ordena a Schettino que volte ao navio e informe quantas pessoas precisam de resgate foi divulgado dias depois do desastre. Schettino tenta se esquivar e irrita a autoridade marítima. “Você está se recusando?”, pergunta De Falco. “Volte a bordo, c***!!” Após a divulgação, a imagem de vilão de Schettino se solidificou e a frase passou a estampar camisetas e outros objetos na Itália.

Apelidado pela imprensa italiana de “capitão covarde” ou “o homem mais odiado” do país, Schettino enfrenta múltiplas acusações, dentre as quais homicídio culposo múltiplo, abandono de navio, naufrágio, omissão de socorro e danos ao meio ambiente. Até o momento, cinco pessoas foram condenadas, sendo quatro tripulantes e o diretor da empresa proprietária da embarcação. As penas variam de dois anos e dez meses a um ano e meio de prisão. No entanto, nenhum dos condenados foi preso, pois as penas inferiores a dois anos de prisão foram suspensas. No caso das mais longas, cabe apelação, com a possibilidade de serem substituídas por serviços comunitários.

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