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Naufrágio na costa de Moçambique mata ao menos 94 pessoas

Passageiros tentavam fugir para uma ilha próxima à província de Nampula, devido a boato sobre um surto de cólera no continente; 26 seguem desaparecidos

Por Da Redação
8 abr 2024, 08h58

O chefe do Instituto de Transportes Marítimos de Moçambique, Lourenço Machado, afirmou nesta segunda-feira, 8, que pelo menos 94 pessoas morreram após um barco de pesca convertido em balsa naufragar na costa do país, na véspera. Outros 26 passageiros da embarcação superlotada continuam desaparecidos.

O barco, que transportava cerca de 130 pessoas, teve dificuldades ao tentar chegar a uma ilha próxima de Nampula. Segundo Jaime Neto, secretário de Estado da província, a maioria dos passageiros tentava fugir do continente em pânico, devido a boatos sobre um suposto surto de cólera.

“Como estava superlotado e era inadequado para transportar passageiros, o barco acabou afundando”, disse ele, acrescentando que muitas crianças estão entre as vítimas.

Equipes de resgate encontraram cinco sobreviventes, dois dos quais foram hospitalizados. No entanto, o mar revolto complicou a operação, que por enquanto não encontrou mais ninguém vivo. Neto afirmou que uma investigação foi aberta para descobrir as causas do naufrágio.

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Cólera em Moçambique

Desde outubro do ano passado, a nação da África Meridional, uma das mais pobres do mundo, registou quase 15 mil casos de cólera, bem como 32 mortes devido à doença transmitida pela água, segundo dados do governo. Nampula é a região mais afetada, responsável por um terço de todas as infecções.

Nos últimos meses, a região moçambicana também recebeu um grande afluxo de fugitivos de uma onda de ataques jihadistas em Cabo Delgado, sua província vizinha. Desde 2017, militantes ligados ao Estado Islâmico travam combates com autoridades na área, um conflito que matou mais de 5 mil pessoas e deslocou quase um milhão.

O destino do barco era a Ilha de Moçambique, pequeno pedaço de terra que serviu de capital da África Oriental portuguesa no período da colonização e deu nome ao país. Hospedando uma cidade fortificada e ligada ao continente por uma ponte construída na década de 1960, a ilha é patrimônio mundial da Unesco, agência cultural das Nações Unidas.

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