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NASA encontra caverna do tamanho de 210 Maracanãs em geleira da Antártica

Sozinho, bloco de gelo pode aumentar o nível dos oceanos em 0,6 metro

Por Da Redação
Atualizado em 7 fev 2019, 14h46 - Publicado em 7 fev 2019, 14h44
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  • Cientistas descobriram uma cavidade subterrânea na geleira Thwaites, o maior e mais instável manto de gelo da Antártica.

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    A pesquisa, liderada por cientistas da Nasa, encontrou no bloco gelado uma caverna gigante de 300 metros de altura, o que equivale a uma Torre Eiffel, e 39 quilômetros quadrados de área, tamanho correspondentes a 25 Parques do Ibirapuera ou 210 estádios do Maracanã. O achado alimenta a preocupação de que o gelo da região está derretendo mais rápido que o esperado.

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    Eles estimam que a fenda oca já esteve, um dia, preenchida por 14 bilhões de toneladas de gelo. A maior parte deste montante, segundo os pesquisadores, derreteu ao longo dos últimos três anos.

    No estudo, publicado na revista acadêmica Science Advances, os autores afirmam que a rápida mudança foi “inesperada” em alguns pontos da geleira. A descoberta foi feita com o uso de satélites de tecnologia italiana e alemã, e um radar de penetração glacial da Operação IceBridge, da Nasa, que usa equipamentos aéreos de pesquisa para monitorar mudanças no gelo polar.

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    O problema é que isso gera um ciclo vicioso de degelo: “Quanto mais calor e água entram em contato com a geleira, mais rápido ela derrete”, diz o principal autor do estudo, Pietro Milillo, que trabalha no Laboratório de Sondas Espaciais da Nasa.

    Monstro glacial

    Jeremie Mouginot, co-autor do estudo e pesquisador da Universidade de Grenoble, detalhou que a geleira de Thwaites era um “monstro glacial” de 120 quilômetros de extensão e que sua retração trará implicações futuras gigantescas, já que ela, sozinha, contém gelo para aumentar o nível dos oceanos em 0,6 metro.

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    No pior cenário, se as geleiras apoiadas pela Thwaites também derreterem, essa elevação pode alcançar os 2,4 metros.

    “Agora, a questão não é se as geleiras irão recuar, mas sim em qual ritmo”, concluiu Mouginot, afirmando que mais estudos são necessários para determinar como e onde o volume do gelo polar irá diminuir. Novas investigações já estão avançando, incluindo uma conduzida por uma equipe do Reino Unido, que também inclui outras áreas da Antártica.

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    O buraco do gigante antártico está no lado oeste da geleira e está aumentando, em média, 0,6 a 0,8 quilômetros por ano desde 1992. Uma taxa que, apesar de estável, é considerada “extremamente alta” pela Nasa.

    Eric Rignot, outro co-autor do estudo, diz que compreender como o aquecimento dos oceanos está afetando o degelo das áreas polares é outro fator “essencial para estipular seu impacto no aumento do nível do mar nas próximas décadas.”

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    Quente demais

    A temperatura média da superfície da Terra em 2018 foi a quarta mais alta em quase 140 anos, segundo estudos feitos pela Nasa e pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (Noaa, na sigla em inglês), dos Estados Unidos. No ano passado, houve aumento de 0,83°C em relação à média da temperatura entre 1951 e 1980.

    Essa constatação significa que a temperatura média do planeta em 2018 está entre as mais altas desde 1880. Só fica atrás daquelas registradas em 2015, 2016 e 2017. Traz também a evidência de que a mudança climática é realidade e que as medidas para detê-lo são urgentes.

    Como os padrões climáticos variam em todo o mundo, nem todas as regiões experimentaram a mesma tendência de aquecimento. O aumento na temperatura foi mais significativo nas regiões polares. Cientistas vêm observando a contínua perda de gelo marinho no Ártico e o encolhimento das camadas de gelo da Groenlândia e da Antártida.

    Em torno da Antártida, a extensão do gelo marinho apresenta uma baixa recorde neste início de 2019, de acordo com o Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos EUA.

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