‘Não houve pânico’, conta um sobrevivente do naufrágio
Segundo ele, chovia no momento do acidente, que aconteceu 'muito rápido'
“O barco se inclinou e tombou, isso foi tudo: não houve pânico”, contou nesta segunda-feira Nikolai Chernov, um dos sobreviventes do naufrágio do navio Bulgaria, no Rio Volga, na Rússia. As causas do acidente do último domingo ainda não estão esclarecidas, mas segundo Chernov, chovia bastante e a embarcação era “muito velha”.
Em entrevista ao jornal Komsomolskaya Pravda, ele diz que perdeu a mulher e o neto de 5 anos no acidente. “Morreram muitas crianças”, destacou ele, recordando que, pouco antes do naufrágio, meninos e meninas haviam se reunido no salão de jogos, que ficava na parte superior do barco e, por isso, não tiveram nenhuma chance de se salvar.
Ele e outros sobreviventes passaram mais de duas horas nas águas do Volga, até serem resgatados pelo barco Arabella. Antes disso, outras duas embarcações passaram por eles sem prestar socorro, conta.
Acidente – O naufrágio aconteceu às 13h58 (horário local, 6h59 em Brasília) de domingo, próximo ao vilarejo de Siukeyev, na república russa de Tartária, quando o barco realizava uma travessia entre Bolgar e Kazan. De acordo com o Ministério de Emergência russo, na área onde o barco afundou a profundidade do grande rio Volga supera os 20 metros.
Até o momento, há 13 vítimas confirmadas, embora os mergulhadores que realizam as buscas tenham encontrado 110 corpos, 30 deles de crianças, segundo o escritório de imprensa do serviço de resgate da república russa de Udmúrtia. As autoridades locais informaram que 50 passageiros, 23 tripulantes e outras seis pessoas que não estavam na lista de passageiros foram resgatados com vida. Segundo os últimos dados, a bordo do Bulgaria havia um total de 196 pessoas, 15 das quais não figuravam na lista de passageiros nem na de tripulantes.
(Com agência EFE)