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Namorada que recrutava menores para Epstein reclama de prisão ‘degradante’

Família de Ghislaine Maxwell, protagonista de escândalo sexual nos EUA, criticou o sistema carcerário americano

Por Da Redação 4 mar 2021, 14h34

O socialite britânica Ghislaine Maxwell, peça central do escândalo de pedofilia liderado pelo milionário americano Jeffrey Epstein, está presa desde julho ano passado em Nova York, nos Estados Unidos, – segundo familiares, sob “tratamento brutal e degradante”. Ghislaine, de 59 anos, é acusada de ter recrutado, ao longo de vários anos, diversas garotas menores de idade e de ter participado dos abusos sexuais cometidos por Epstein, que foi achado morto em sua cela em agosto de 2019, em um suposto suicídio que abriu margem para diversas especulações.

Ian Maxwell, irmão de Ghislaine, pediu que irmã fosse libertada do Centro de Detenção Metropolitana no Brooklyn e fez críticas ao sistema carcerário americano. “Para qualquer pessoa familiarizada com o sistema britânico, o americano é simplesmente bizarro, francamente, cruel. Minha irmã é mantida nas condições mais terríveis e submetida a um tratamento brutal e incomum, mesmo cumprindo prisão preventiva ”, afirmou, ao tabloide britânico Daily Telegraph.

O irmão afirmou que as condições da prisão são “uma vergonha para qualquer democracia civilizada” e disse que Ghislaine está em uma cela pequena, com “dez câmeras apontadas para ela, incluindo uma câmera móvel 24 horas por dia, 7 dias por semana”. “Ela não pode ficar a menos de meio metro da porta da cela. Essas condições, que Ghislaine já suportou por quase 250 dias, estão privando-a de sua saúde”, afirmou.

Maxwell disse ainda que sua irmã emagreceu nove quilos e está perdendo cabelo e sua capacidade de concentração. Ele reiterou a intenção de Ghislaine de renunciar à cidadania inglesa e francesa (ela nasceu na França e cresceu no Reino Unido), em uma tentativa de garantir à Justiça americana que não fugiria do país caso fosse liberada mediante pagamento de fiança. A juíza Alison Nathan já negou três vezes o pedido.

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“Ela e todos nós da família colocamos tudo em risco para apoiá-la e conseguimos juntar 28,5 milhões de dólares, uma soma enorme, especialmente quando comparada com outros que foram libertados sob fiança por quantias muito menores”, esbravejou o irmão. O julgamento de Ghislaine Maxwell está programado para ocorrer em julho e ela pode pegar pena de até 35 anos de prisão.

Ghislaine Maxwell, filha o magnata da imprensa Robert Maxwell, dono do grupo Mirror (também morto em circunstâncias suspeitas), nega envolvimento no recrutamento de menores de idade para Epstein, de quem foi namorada ou amiga próxima, ao longo de três décadas. No entanto, mais de 30 depoimentos em mãos da Justiça de Nova York relatam convites para “massagens” que terminavam em sexo e aliciamento de menores, protagonizados por Epstein.

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Segundo as denúncias, era Ghislaine quem cuidava pessoalmente de atrair, convencer, dar presentes e sustentar as adolescentes aliciadas em shopping centers e perto de escolas para alimentar o apetite sexual de Epstein — e dela mesma, segundo algumas das vítimas, que tinham entre 14 e 17 anos na época.

O escândalo respingou em diversos poderosos que  orbitavam ao redor de Epstein e Ghislaine, como o príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth, e os ex-presidentes americanos Bill Clinton e Donald Trump, que marcaram presenças em algumas das badaladas festas pelas mansões do empresário mulherengo.

 

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