Na Venezuela, 30 são presos por vaiar Maduro
Um dia depois da maior manifestação contra o presidente da Venezuela, em Caracas, um grupo é preso por criticá-lo
Mais de trinta pessoas foram presas nesta sexta-feira, dia 2, na ilha de Margarita, na Venezuela, por realizar um protesto contra o presidente Nicolás Maduro.
Vídeos publicados na internet mostram várias pessoas batendo panelas e gritando palavras de ordem, quando um grupo de chavistas interrompe a manifestação.
A repressão veio um dia depois de a oposição ter realizado um protesto em Caracas com mais de 1 milhão de pessoas. Foi a maior manifestação em mais de uma década contra o governo.
Depois que o presidente deixou Villa Rosa, área que no passado foi um forte reduto pró-governo, agentes de inteligência agiram, disseram membros da oposição e ativistas.
“Neste momento, mais de 30 pessoas foram detidas, depois do incidente em Villa Rosa”, disse Alfredo Romero, do grupo ativista Fórum Penal, no Twitter.
Leia também:
Lilian Tintori: sinto que querem matar Leopoldo
Com MST, chavistas armam arapuca para venezuelanos no Rio
Um dos moradores de Villa Rosa, o nome da cidade na ilha de Margarita onde se passou o ocorrido, contou para a Mesa de Unidade Democrática (MUD), da Venezuela, o que viu. Segundo ele, tudo começou quando a caravana de automóveis de Maduro estava saindo do lugar.
“Em meio a um panelaço ensurdecedor, Maduro desceu de repente da picape e se lançou contra as pessoas, incluindo contra mulheres e crianças. Depois saiu correndo como um loco desatado pelo meio da rua e por onde passava pretendia dar mostrar de que ele era um homem forte. Ele golpeou uma moça, um moço e a um amigo lhe bateu no rosto. Uma jovem a quem o presidente tirou uma folha que ela tinha, ficou paralisada. Enquanto isso, a equipe de guarda-costas mostrava as pistolas de forma intimidadora. O próprio governador (do estado doe Nueva Esparta), Carlos Mata Figueroa, participou disso. E mais: ele foi um dos que tomou a iniciativa de tirar as panelas das pessoas.”
(Com Reuters e MUD)