Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Na China, bebê nasce quatro anos após morte dos pais

Avós obtiveram na Justiça direito de gerar embrião a partir de óvulos e espermatozóides congelados de filhos mortos em acidente de carro

Por Da redação
12 abr 2018, 20h25

Uma criança nasceu na China quatro anos após a morte de seus pais em um acidente de carro em 2013. Os avós da criança lutaram na justiça para ter o direito de fertilizar os óvulos e espermatozoides que o casal havia congelado e, dessa forma, dar continuidade à linhagem família.

O nascimento ocorreu em dezembro de 2017, mas só nesta semana foi divulgado. O caso é inédito na China e os avós enfrentaram diversos empecilhos legais.

O primeiro problema em que esbarraram foi a questão do direito de obtenção dos embriões. Não se sabia o que fazer no caso de embriões ainda não fertilizados e cujos pais haviam falecido. Em uma disputa judicial, em que os quatro avós chegaram a perder algumas vezes, o juiz decidiu que a família tinha o direito de buscar continuar sua linhagem e amenizar de alguma forma a perda de seus filhos.

Vencido o primeiro obstáculo, surgiria um ainda maior: a legislação chinesa não permite a realização de fertilizações em barrigas de aluguel. Desta forma, os casais enfrentariam dificuldades para conseguir retirar os embriões do hospital e gerar a criança. Para entregar os embriões aos futuros avós, o hospital de Nanquim impôs a condição de que era necessário outro hospital aceitar recebe-los, visto que precisavam de condições muito específicas de conservação.

Continua após a publicidade

Diante do impasse de não ter a mãe do embrião viva e a proibição de barrigas de aluguel no país, nenhum hospital chinês quis aceitar. Os avós decidiram então procurar por agências de barrigas de aluguel fora das fronteiras chinesas. Encontraram no país vizinho, Laos, um dos poucos países da Ásia Oriental onde o procedimento é legalizado, um hospital que aceitou receber os embriões.

A barreira agora seria o transporte deste conteúdo. Para sobreviverem, os embriões precisavam ficar em um tanque de nitrogênio líquido congelados a 196 graus negativos, o qual os avós conseguiram obter. Como nenhuma companhia aérea aceitou transportar o produto, a viagem da China para o Laos precisou ser feita de carro.

Continua após a publicidade

No país vizinho, dois dos apenas quatro embriões foram implantados em uma moça de 27 anos. Durante toda a gravidez os chineses tiveram que pensar como fariam para que o bebê nascesse na China. A opção foi enviar a mãe para o país com passaporte de turista no momento certo para que ela entrasse em trabalho de parto por lá.

Ainda assim, após o nascimento da criança, os avós enfrentaram várias disputas de custódia para provar que o bebê, que recebeu o nome de Tiantian, era chinês e de fato neto deles. Foi necessário realizar testes de DNA com os quatro avós. Os avós comemoraram a chegada do neto com um banquete entre familiares.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.