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Mulheres de hijab são atacadas por apoiadores de Trump nos EUA

As duas agressões aconteceram em campus de universidades americanas. Outros ataques racistas e homofóbicos foram registrados pelo país

Por Da redação
10 nov 2016, 15h30

Duas mulheres muçulmanas que usavam hijabs (o lenço que cobre a cabeça e os cabelos) afirmaram que foram atacadas por apoiadores do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em universidades do país nessa quarta-feira. Os dois casos aconteceram quase que no mesmo horário e em um dia marcado por protestos generalizados contra a vitória eleitoral do magnata.

O primeiro ataque aconteceu na Universidade de Louisiana em Lafayette, no Estado de Louisiana, onde uma estudante muçulmana foi atacada e roubada por dois homens. Um deles usava um boné da campanha de Trump. De acordo com o que foi relatado para a polícia da universidade, os homens bateram na mulher com um objeto de ferro, a roubaram, rasgaram seu hijab e a jogaram no chão.

Na Universidade Estadual de San Diego, na Califórnia, outra estudante que usava o tradicional véu muçulmano foi roubada por dois homens que fizeram vários comentários sobre Trump e a comunidade muçulmana. Segundo a polícia do campus, os bandidos abordaram a jovem no estacionamento da faculdade e roubaram sua bolsa, chaves do carro e o próprio veículo. Ela não se feriu.

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O presidente da Universidade Universidade de San Diego, Elliot Hirshman, afirmou em um comunicado oficial que a vítima aparentemente foi agredida por causa de sua fé muçulmana. “Nós condenamos esse ato de ódio e convidamos todos os membros da nossa comunidade a se juntarem a nos na condenação de tais atos de ódios”, disse.

Racismo — Esses não foram os únicos casos de preconceito e agressões registrados nos EUA após a vitória de Trump. Em Boston, outro caso em um campus de universidade foi reportado, mas dessa vez de ataques contra estudantes negros. Segundo um post feito no Facebook por alunos que presenciaram a cena, jovens carregando bandeiras da campanha do magnata gritaram insultos em frente a uma casa de estudantes americanos. “Quando um estudante pediu para eles saírem, eles cuspiram em sua direção”, afirmava a postagem na rede social.

Em várias escolas de Ensino Médio no Estado de Utah também foram reportadas denúncias de alunos praticando bullying contra colegas latinos, de acordo com a Fox News. “Vocês wetbacks (costas suadas, termo pejorativo usado para se referir a imigrantes ilegais nos EUA) precisam voltar para o México”, um estudante de pais mexicanos contou ter ouvido de outro colega.

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Insultos raciais e frases de apoio a Trump foram rabiscados em uma escola de Minnesota. Frases como “#sóbrancos”, “#f*** os negros”, foram escritas ao lado do nome de Trump em uma porta da escola. Em um banheiro, alunos picharam também “voltem para a África” e “Make America Great Again”, o slogan da campanha do magnata.

Um casal gay na Carolina do Norte denunciou no Twitter ter encontrado um bilhete homofóbico em seu carro com os dizeres “Trump 2016”. “Mal posso esperar para que o “casamento” de vocês seja derrubado por um presidente real. Famílias gays = queimem no inferno. Trump 2016″, dizia a nota.

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