Mulher-Maravilha é demitida de cargo de embaixadora da ONU
A indicação da super-heroína para ilustrar as campanhas de promoção aos direitos das mulheres foi recebida negativamente
Menos de dois meses após ser nomeada embaixadora da Organização das Nações Unidas pelos direitos das mulheres, a personagem das histórias em quadrinho Mulher-Maravilha foi cortada de seu cargo. O anúncio sobre a suspensão do uso da super-heroína nas propagandas da ONU foi feito nesta terça-feira, após sua indicação ter sido recebida negativamente por ativistas.
A Mulher-Maravilha foi nomeada embaixadora pela organização internacional no final de outubro. De acordo com a ONU, a personagem foi escolhida por ser “símbolo da paz, justiça e igualdade” e seria usada na campanha anual de promoção aos direitos de meninas e mulheres pelo mundo.
No entanto, a indicação foi recebida negativamente por ativistas, que dizem ser preocupante o fato de a organização ter escolhido uma personagem “explicitamente sexualizada” para representar uma campanha pela prevenção da violência de gênero. Uma petição online contrária à escolha da ONU foi assinada por quase 45.000 pessoas e pode ter motivado a suspensão do uso da super-heroína nas propagandas da organização.
“Embora os criadores originais quisessem que a Mulher-Maravilha representasse uma mulher guerreira, forte e independente, com uma mensagem feminista, a realidade é que a representação atual da personagem é a de uma mulher branca de proporções inatingíveis”, dizia a petição.
A ONU não explicou os motivos que levaram à desistência da escolha da super-heroína. No passado, participaram temporariamente de campanhas da instituição personagens fictícios como o Ursinho Pooh, a Sininho do Peter Pan e os pássaros do jogo Angry Birds.