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Mubarak em coma faz aumentar tensões em torno do futuro presidente egípcio

O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak se encontrava nesta quarta-feira em estado de coma, em meio a tensões no país em torno do próximo chefe de Estado, após uma eleição cujo resultado ainda é incerto, e entre tentativas dos militares de reafirmar seu poder. O presidente deposto, de 84 anos e que na terça-feira à noite […]

Por Por Jailan Zayan
20 jun 2012, 14h37
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  • O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak se encontrava nesta quarta-feira em estado de coma, em meio a tensões no país em torno do próximo chefe de Estado, após uma eleição cujo resultado ainda é incerto, e entre tentativas dos militares de reafirmar seu poder.

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    O presidente deposto, de 84 anos e que na terça-feira à noite foi levado de uma prisão ao hospital militar do sul do Cairo, encontra-se em coma e precisa respirar com a ajuda de aparelhos, indicaram à noite à AFP fontes militares e médicas.

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    “Não está clinicamente morto”, como anunciou antes a agência oficial MENA, declarou uma fonte médica. “Os médicos tentam reanimá-lo e foi colocado respirando com a ajuda de aparelhos”, segundo esta fonte.

    A rede de televisão estatal indicou durante a noite que “em breve” seria divulgado um comunicado oficial sobre a saúde do ex-presidente, mas perto do meio-dia ele ainda não havia sido publicado.

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    Anteriormente, Mubarak foi levado de um setor com instalações médicas da prisão de Tora, no sul do Cairo, ao hospital militar de Maadi, depois de um acidente vascular cerebral, segundo a Mena.

    Muitos egípcios, no entanto, suspeitam que o tema seja utilizado para gerar compaixão em relação ao ex-líder e assim propiciá-lo um tratamento favorecido. Outros, no entanto, consideram que o ex-presidente é um entulho do passado.

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    “Mubarak é o passado para nós. Devemos olhar para frente, porque há muitos desafios a superar”, afirmou um jovem islamita que se identificou apenas como Ihsan.

    A saúde de Mubarak começou a se deteriorar depois de ser preso. Fontes de segurança informaram sobre uma depressão aguda, sobre dificuldades para respirar e hipertensão.

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    Sua família havia solicitado sua transferência a um hospital, como era o caso antes de ser, no dia 2 de junho, condenado à prisão perpétua pela morte de manifestantes durante a revolta de janeiro e fevereiro de 2011, que o levou à renúncia.

    As informações sobre uma piora em seu estado de saúde geram um clima de tensão e incerteza sobre o próximo chefe de Estado, depois das eleições presidenciais que terminaram no domingo.

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    Tanto o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursi, quanto seu rival, o último primeiro-ministro de Mubarak, Ahmed Shafiq, reivindicam a vitória. Os resultados oficiais devem ser anunciados na quinta-feira.

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    Um grupo de juízes independentes, dirigido pelo ex-presidente da União de Juízes, Zakaria Abdel Aziz, que supervisionou as operações de voto, atribuiu a vitória a Mursi.

    Por sua vez, a comissão eleitoral iniciou nesta quarta-feira o exame dos recursos contra irregularidades apresentados pelos dois candidatos, anunciou a televisão estatal.

    Mas o próximo presidente, seja quem for, estará longe de ter o poder quase absoluto que Mubarak ostentava nas três décadas em que dirigiu o Egito.

    Uma “declaração constitucional complementar” promulgada no domingo pelo Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), que dirige o país há 16 meses, dá ao exército importantes prerrogativas, o que reduz consideravelmente a margem de manobra do futuro presidente.

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