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Movimento pró-democracia em Hong Kong vê avanços modestos

Após dias de mobilização, ocupações perderam força, mas abertura de ‘diálogo’ é comemorada, mesmo com pouco espaço para concessões

Por Da Redação
6 out 2014, 21h04
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  • A mobilização dos manifestantes que exigem mais democracia em Hong Kong diminuiu sem que o governo central cedesse a nenhuma das exigências apresentadas. Mesmo assim, há quem considere que houve avanços rumo a um futuro possivelmente mais democrático para a população de 7,2 milhões de habitantes.

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    “Conseguimos pelo menos criar pressão suficiente no governo para o começo de um diálogo”, disse Albert Ho, ex-chefe do Partido Democrático e candidato a chefe executivo em 2012. “Eles sabem que o tema da discussão é a reforma política. Antes, todos tratavam isso como um caso encerrado”, acrescentou, em entrevista ao jornal The New York Times.

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    Em número bem menor, alguns manifestantes ainda resistem nas ocupações, e afirmam que o movimento, que ficou conhecido como Revolução do Guarda-Chuva, é um projeto de longo prazo. “Isso não vai terminar hoje, mas talvez amanhã ou mais tarde, quando houver cada vez menos pessoas”, disse ao jornal Dennis Chan, de 28 anos, quando se preparava para ir para casa dormir depois de dez dias em uma ocupação perto de instalações do governo. “É difícil dizer que nós vencemos essa batalha, mas ela foi positiva em pressionar o governo a abrir um canal de diálogo com os estudantes”.

    O status de Hong Kong

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    Ex-colônia britânica, Hong Kong passou a ser uma região administrativa especial da China em 1997, ano em que o enclave foi devolvido. Pelo acordo entre britânicos e chineses, Hong Kong goza de um elevado grau de autonomia, liberdade de expressão e econômica. Também preserva elementos do sistema judicial ocidental. Essas condições devem ser mantidas pelo menos até 2047.

    Os protestos que reuniram dezenas de milhares de pessoas pediam que o chefe local nomeado por Pequim renunciasse e que o governo central garantisse aos habitantes de Hong Kong o direito pleno de eleger seu próprio chefe executivo nas eleições de 2017. Após negociações, um representante do governo afirmou nesta segunda-feira que as conversas serão iniciadas ainda nesta semana.

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    Os manifestantes querem reverter uma decisão tomada no final de agosto pelo Congresso Nacional do Povo que, efetivamente, restringe a candidatos apoiados por Pequim o cargo de chefe executivo de Hong Kong. Não há nenhuma indicação, no entanto, de que haverá algum recuo do governo. Ceder aos estudantes de Hong Kong poderia inspirar protestos no restante do país.

    Há ainda outros motivos para duvidar que a China permita uma democracia plena com sufrágio universal no território. A promessa de manter a fórmula de “um país, dois sistemas”, que garante Judiciário independente, liberdade de expressão e direito de protesto, acaba em 2047. E Hong Kong também vem sendo absorvida pelo restante da China – em 1997, a região autônoma representava 16% do PIB chinês; hoje não passa de 3%.

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    (Com agência Reuters)

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