Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mortes na Síria aumentam enquanto diplomacia ganha força

As forças de segurança da Síria intensificaram a repressão nesta sexta-feira quando ativistas afirmaram que mais de 130 pessoas foram mortas em confrontos nos últimos dois dias, antes de uma tentativa de condenar Damasco no Conselho de Segurança da ONU. O chefe da missão de monitoramento da Liga Árabe na Síria disse que desde terça-feira […]

Por -
27 jan 2012, 18h16
  • Seguir materia Seguindo materia
  • As forças de segurança da Síria intensificaram a repressão nesta sexta-feira quando ativistas afirmaram que mais de 130 pessoas foram mortas em confrontos nos últimos dois dias, antes de uma tentativa de condenar Damasco no Conselho de Segurança da ONU.

    Publicidade

    O chefe da missão de monitoramento da Liga Árabe na Síria disse que desde terça-feira as agitações cresceram “de maneira significativa”, especialmente nas cidades centrais de Homs e Hama, e na região norte de Idleb.

    Publicidade

    A violência, que pela primeira vez causou mortes em Aleppo, a segunda maior cidade síria, “não contribui para que todos os lados negociem”, disse o General Mohammed Ahmed Mustafa al-Dabi.

    Pelo segundo dia, as forças sírias mantiveram seus ataques em Homs, matando dezenas, enquanto os Estados ocidentais e árabes se apresentaram um projeto de resolução da ONU para condenar o confronto, que já matou mais de 5.400 desde março.

    Publicidade

    Uma ofensiva antes do amanhecer em Homs e investidas similares contra Hama e outras cidades, segundo declarações, foram efetuadas horas antes de as Nações Unidas afirmarem que não poderiam mais computar o número de mortos.

    Continua após a publicidade

    O Observatório dos Direitos Humanos da Síria indicou que as forças de segurança tinham assassinado pelo menos 56 civis nesta sexta-feira, incluindo 12 soldados mortos em ataques de supostos desertores.

    Publicidade

    Ainda segundo o Observatório, 19 pessoas morreram em Naua, na província de Deera (sul), cinco em Aleppo (norte), 15 em Homs, um em Hamurieh (subúrbio de Damasco) e um em Hama (norte).

    A maioria dos civis mortos era de manifestantes atingidos pelas forças de segurança.

    Publicidade

    Seis soldados morreram em um ataque de um carro-bomba em um posto de controle na cidade de Idleb e outros seis foram mortos na província de Daara em confrontos com desertores do exército, afirmou Rami Abdel Rahman, do Observatório com sede britânica à AFP.

    Continua após a publicidade

    O Observatório confirmou a morte de 62 pessoas, incluindo 33 em Homs, nos confrontos de quinta-feira.

    Publicidade

    O Observatório disse que Hama também esteve sob ataque das forças de segurança no começo desta sexta-feira, com intenso tiroteio com armas pesadas e explosões.

    Nos arredores de Damasco, um garoto de 11 anos foi morto no posto de controle em Hamuriyeh, segundo informações recebidas em Nicósia.

    Entre os mortos no levante contra o regime do presidente Bashar al-Assad, pelo menos 384 são crianças e quase o mesmo número está preso, segundo informações do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) desta sexta.

    Continua após a publicidade

    “Até 7 de janeiro, 384 crianças tinham sido mortas, na maioria meninos”, contou a vice-diretora executiva do Unicef, Rima Salah. Ela disse que cerca de 380 crianças estão presas, “algumas com menos de 14 anos”.

    O Conselho Nacional da Síria, o maior grupo de oposição, condenou as ofensivas contra o reduto opositor e afirmou estar em contato com o Conselho de Segurança para pressionar por uma forte condenação.

    A mais recente onda de repressão do governo ocorre ao mesmo tempo em que o Ocidente tenta montar uma força diplomática provocada pelo pedido surpreendente no fim de semana passado da Liga Árabe para que Assad renuncie.

    Nações europeias e árabes apresentaram no Conselho de Segurança um projeto de resolução que pede a saída de Assad.

    Continua após a publicidade

    O Conselho de Segurança está em um impasse há meses em relação à Síria. Rússia e China vetaram uma proposta anterior europeia em outubro, acusando o Ocidente de buscar uma mudança de regime.

    “Creio que hoje temos a possibilidade de abrir um novo capítulo sobre a Síria”, disse o embaixador alemão na ONU, Peter Wittig ao entrar nos debates.

    No Cairo, sede da Liga Árabe, dezenas de opositores ao regime sírio invadiram a embaixada do país, relatou um repórter da AFP.

    Pelo menos 200 revolucionários sírios tentaram invadir o prédio nos arredores de Garden City, quebrando portas e janelas, antes que as forças de segurança chegassem e os expulsassem.

    Continua após a publicidade

    A missão foi esvaziada para o fim de semana muçulmano.

    O embaixador sírio Yousef Ahmed visitou a missão após o incidente e afirmou que iria protestar formalmente às autoridades egípcias. “A proteção foi muito fraca hoje”, disse ele à AFP.

    O chefe da ONU, Ban Ki-moon convocou o Conselho de Segurança, em que diplomatas esperam por uma votação na próxima semana. “Temos que agarrar esse momento”, declarou Ban Ki-moon.

    Se uma resolução for aceita, o conselho irá dar “total apoio” ao plano da Liga Árabe de 22 de janeiro, em que Assad deve deixar o poder com seu vice para que um governo nacional seja formado e possam ser celebradas eleições.

    Mas o vice-ministro de Relações Exteriores russo, Gennady Gatilov Gatilov, disse “não poder apoiar qualquer resolução da ONU a favor da renúncia de Assad”, acrescentando que uma votação rápida sobre o plano ocidental-árabe estava “destinada ao fracasso”.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.