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Mistério do MH370 reaviva tragédia da aviação malaia de 1977

Segundo versão oficial, voo 653 da Malaysia Airlines foi alvo de sequestro. Tragédia até então era a maior já registrada no país. Nesta segunda-feira, autoridades malaias divulgaram nova versão da última mensagem do MH370

Por Da Redação
31 mar 2014, 16h58

O mistério em torno do acidente que vitimou as 239 pessoas a bordo do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido há 20 dias, reavivou aquele que até então era tida como a maior tragédia da aviação malaia. Em 1977, as cem pessoas a bordo do voo 653 da mesma companhia aérea morreram depois que a aeronave foi sequestrada. Oficialmente, as autoridades dizem que o avião caiu em um pântano quando ia de Penang para a capital Kuala Lumpur. Mas as circunstâncias em que o acidente ocorreu nunca foram totalmente esclarecidas, conforme noticiou nesta segunda-feira a rede americana CNN.

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Os sequestradores nunca foram identificados, embora gravações tenham registrado todos os acontecimentos na cabine de comando, desde o arrombamento até os tiros que possivelmente mataram os pilotos. “Já se foram 37 anos e nós ainda não sabemos a verdade”, disse Ruth Parr, que tinha 19 anos quando o seu pai, Thomas, morreu no acidente.

As autoridades nunca indicaram quantos criminosos participaram do sequestro ou se o plano era jogar o avião sobre a região em que ele se acidentou. Enquanto a aeronave perdia altitude, os investigadores disseram que foram registrados “movimentos manuais para cima e para baixo até ele finalmente cair sobre o solo do pântano”. O relatório final concluiu que a queda ocorreu após a tripulação ser assassinada, o que deixou o avião “incontrolável”. Testemunhas, no entanto, disseram ter visto o avião pegando fogo antes de tocar o chão, enquanto outros afirmaram que uma explosão precedeu a queda – as autoridades não conseguiram reunir evidências suficientes sobre os relatos.

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Assim como os familiares dos passageiros do MH370, os parentes custaram a acreditar que os ocupantes da aeronave haviam morrido no acidente. “Você tem de levar isso para o resto da vida. Com o tempo vai ficando um pouco mais fácil, mas você nunca esquece a data”, disse Tom Sherrington, filho de um passageiro do 630. Ele destacou que lembrar os momentos alegres com o pai ajudou a família a lidar com o trauma, apesar de nunca ter superado o ocorrido por completo. “Você sempre acha que encontrará aquela pessoa por aí, atrás do vidro de um carro ou atravessando a rua. Pode ser em qualquer lugar, uma voz sempre vai parecer com a dela e te deixará olhando para os lados em busca de quem possa ser”, acrescentou, em entrevista à emissora. Ele aconselhou ainda os familiares das pessoas que estavam no MH370 a não se concentrar em encontrar culpados. “Eles não devem ficar obcecados com detalhes e recriminações”.

Após a Malaysia Airlines anunciar que o MH370 caiu no Oceano Índico sem deixar sobreviventes, parentes questionaram as autoridades e exigiram que fossem apresentadas provas. Uma passeata de familiares dos passageiros chineses, que eram maioria a bordo, também foi organizada em frente à embaixada da Malásia no país.

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Nova mensagem – Nesta segunda-feira, as autoridades malaias divulgaram uma nova versão da frase final enviada pela cabine de comando da aeronave que desapareceu no dia 8 deste mês. Segundo a nova versão, a frase registrada não foi “tudo bem, boa noite”, como informado anteriormente, mas sim: “boa noite, Malaysian 370”. O Ministério dos Transportes informou também que investigações vão determinar se quem falou as últimas palavras foi o piloto ou o copiloto. O governo do país já havia divulgado que a voz gravada era do copiloto Fariq Abdul Hamid. O último contato foi registrado à 1h19, pelo horário da Malásia. Segundo a rede britânica BBC, a nova versão corresponde melhor a uma comunicação formal entre a cabine e a torre de controle. Não se sabe, no entanto, por que as autoridades demoraram tanto para fazer a correção.

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As buscas por destroços da aeronave seguem inconclusivas, mas o governo australiano afirmou que não há prazo para o fim da operação. Vários objetos já foram avistados pelas equipes e captados em imagens de satélite, mas nenhum foi identificado como sendo do Boeing 777. As equipes agora estão usando um equipamento para captar sinais da caixa-preta – cuja bateria dura apenas 30 dias.

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