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Missão europeia debate envio de observadores para eleições paraguaias

Assunção, 17 jul (EFE).- A delegação do Parlamento Europeu enviada ao Paraguai debateu nesta terça-feira a possibilidade de enviar observadores para as eleições de abril de 2013 e de Fernando Lugo, que foi cassado da presidência, concorrer como candidato. O presidente da Suprema Corte do Paraguai, Víctor Núñez, foi o primeiro a se encontrar com […]

Por Da Redação
17 jul 2012, 19h10
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  • Assunção, 17 jul (EFE).- A delegação do Parlamento Europeu enviada ao Paraguai debateu nesta terça-feira a possibilidade de enviar observadores para as eleições de abril de 2013 e de Fernando Lugo, que foi cassado da presidência, concorrer como candidato.

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    O presidente da Suprema Corte do Paraguai, Víctor Núñez, foi o primeiro a se encontrar com a delegação, e garantiu aos eurodeputados que Lugo poderia concorrer a uma cadeira no Senado. Ao sofrer impeachment, Lugo perdeu o direito de ser nomeado senador vitalício, como ocorre com os ex-presidentes paraguaios.

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    Em comunicado, Núñez afirmou que o Parlamento Europeu perguntou se os recursos legais apresentados por Lugo no Supremo e em instâncias internacionais prejudicariam sua candidatura.

    ‘O fato de Fernando Lugo poder ou não ser candidato não está sujeito à resolução da Corte’, esclareceu o magistrado.

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    Lugo acenou para uma possível candidatura como senador pela Frente Guasú, grupo esquerdista que o apoiou após sua destituição em 22 de junho, num julgamento político promovido pelo Senado.

    A questão eleitoral também foi debatida na segunda reunião realizada pela comitiva europeia nesta terça-feira, com o ministro do Interior, Carmelo Caballero, que revelou que os eurodeputados ‘falaram da eventualidade de uma visita para as próximas eleições’ para ‘monitorar o processo eleitoral’.

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    Caballero disse em comunicado que o Executivo apoiará o envio de observadores para as eleições de 2013. O ministro, no entanto, afirmou que permitir uma missão de monitoramento é competência das autoridades eleitorais.

    A delegação do Parlamento Europeu, liderada pelo espanhol Luis Yáñez-Barnuevo e integrada por outros eurodeputados da Espanha, França, Alemanha e Polônia, reuniu-se também com representantes da Igreja Católica e de todos os partidos políticos do país.

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    Ontem, os eurodeputados se encontraram com Lugo, com seu substituto na presidência, Federico Franco, e como parlamentares.

    Em comunicado, a Conferência Episcopal Paraguaia (CEP) disse que expressou aos membros do Parlamento Europeu sua esperança de que se alcance a ‘unificação’ e que está ‘elaborando um documento para aproximar’ os três poderes do Estado.

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    Segundo o presidente da CEP, Claudio Giménez, o julgamento político foi uma ‘surpresa’ para os bispos. A CEP tentou convencer Lugo a renunciar na véspera do início do julgamento e foi considerada por alguns analistas e diplomatas consultados pela Agência Efe como um dos motivadores do processo.

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    Na nota, Giménez revelou que no dia 19 de junho ocorreu uma reunião do Conselho Permanente da instituição para analisar a situação após a morte de 17 policiais e camponeses em Curuguaty quatro dias antes, na qual ‘surgiu a proposta’ de aproximação dos poderes do Estado, ‘mas tudo aconteceu de forma rápida’ e resultou na queda de Lugo.

    As mortes durante uma desocupação de ‘sem terras’ em Curuguaty foram os catalisadores do processo contra Lugo. A mudança de poder significou a suspensão temporário do Paraguai, até as eleições de 2013, do Mercosul e da Unasul, pela ‘ruptura democrática’ que aconteceu, de acordo com os países vizinhos, embora ambos os blocos descartaram adotar sanções econômicas contra a nação.

    A União Europeia, por sua parte, mantém ‘uma postura crítica’ mas não vai ‘tomar nenhuma medida que possa prejudicar’ a população paraguaia, disse no último dia 12 o diretor-executivo para as Américas do Serviço Europeu de Ação Exterior, Christian Leffler.

    As trocas comerciais do Paraguai com a UE somaram 127 milhões de euros no período 2007-2013, o que se soma as doações diretas de alguns de seus membros. EFE

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