Uma agência de notícias iraniana informou nesta terça-feira que o ministro da Justiça do país, Mostafa Pour Mohammadi concluiu que “não existe necessidade” de executar novamente um condenado que sobreviveu a um enforcamento. A informação divulgada pela agência Isna sinaliza que as autoridades iranianas estão preocupadas com a repercussão do caso, ocorrido no início do mês, mas divulgado apenas na semana passada. Entidades de direitos humanos, como a Anistia Internacional, pediram que o condenado, um traficante de drogas de 37 anos identificado apenas por seu primeiro nome, Alireza, seja poupado de uma nova execução.
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Ainda assim a decisão final sobre a nova execução vai caber ao Judiciário, sobre o qual o Ministério da Justiça não tem influência. Segundo a imprensa iraniana, o homem continua internado em um hospital e permanece em coma. Por enquanto, o Judiciário iraniano vem mantendo a sentença de enforcamento, e as autoridades oficialmente estão aguardando a recuperação do condenado para marcar a nova execução.
Pela lei do país, condenados devem estar conscientes e com boa saúde antes de serem executados. As execuções são adiadas em caso de gravidez ou quando o criminoso está em coma. Alireza havia sido enforcado na cidade de Bojnord, no nordeste do país, e permaneceu pendurado pelo pescoço por doze minutos antes de ser declarado morto. No entanto, quando seu corpo estava sendo preparado para ser entregue à família, técnicos do necrotério perceberam que ele ainda respirava.
O homem havia sido preso e condenado à morte há três anos, sob a acusação de traficar metanfetamina. O Irã está entre os cinco países com o maior número de execuções. Em 2012, o país executou pelo menos 314 pessoas, segundo a Anistia Internacional, na maior parte dos casos, condenados por crimes relacionados a entorpecentes.