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Ministro do Interior renuncia por repressão a indígenas

O ministro do Interior da Bolívia, Sacha Llorenti, renunciou nesta terça-feira, em meio às acusações de extrema violência na repressão da marcha indígena para protestar contra a estrada sobre uma reserva ambiental na amazônia boliviana. No domingo passado, a polícia dispersou com violência o acampamento da marcha indígena em Yucumo, onde os manifestantes foram retirados […]

Por Aizar Raldes
27 set 2011, 21h26
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  • O ministro do Interior da Bolívia, Sacha Llorenti, renunciou nesta terça-feira, em meio às acusações de extrema violência na repressão da marcha indígena para protestar contra a estrada sobre uma reserva ambiental na amazônia boliviana.

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    No domingo passado, a polícia dispersou com violência o acampamento da marcha indígena em Yucumo, onde os manifestantes foram retirados de suas barracas e forçados a embarcar em ônibus.

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    “Vou me defender das acusações. Faço pública a decisão de renunciar para evitar qualquer tipo de instrumentalização” política do incidente, disse Llorenti. “Não abandono o barco porque está afundando, pelo contrário, dou um passo com o humilde objetivo de que o barco do processo revolucionário avance com maior rapidez”.

    Llorenti havia responsabilizado o vice-ministro do Interior, Marcos Farfán, por decidir e dirigir a operação policial contra a marcha indígena.

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    Na segunda-feira, a ministra da Defesa, Cecilia Chacón, pediu demissão para repudiar a ação “injustificável” da polícia contra os indígenas, quando “existem outras alternativas”.

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    Diante da onda de indignação pela repressão ao protesto dos indígenas, o presidente boliviano, Evo Morales, suspendeu o projeto de construção da estrada que cortaria o Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure”, até que “todas as partes sejam ouvidas”.

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    Morales também propôs a criação de “uma comissão de alto nível, com organismos internacionais e o defensor do Povo, para que haja uma profunda investigação sobre os fatos” envolvendo a repressão.

    A violência policial contra os manifestantes, que não poupou mulheres e crianças, provocou protestos inflamados nas ruas de La Paz, Cochabamba e Santa Cruz, além de uma greve cívica na região de Beni.

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    A estrada em questão é parte da rodovia que unirá os oceanos Pacífico e Atlântico e promoverá o comércio na América do Sul. O projeto é financiado pelo Brasil, com custo total de 415 milhões de dólares.

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